Depois de elevar preços do gás e gasolina, Bolsonaro fala em ‘congelar’
Intenção é estancar o forte desgaste de popularidade com o congelamento até a eleição

Publicado em: 24/05/2022 às 12:30 | Atualizado em: 24/05/2022 às 12:38
Em reuniões internas do governo, o presidente Jair Bolsonaro tem dito a auxiliares que novas altas dos combustíveis o farão “perder a reeleição”.
Por isso, segundo apurou o blog, Bolsonaro disse que não quer novos reajustes no diesel, gasolina e gás de cozinha até a eleição, em outubro.
O governo anunciou nesta segunda-feira (23) a troca na presidência da empresa, indicando o atual secretário do Ministério da Economia Caio Paes de Andrade para comandar a petroleira. O atual presidente, José Mauro Coelho, está há pouco mais de um mês no cargo.
Coelho, escolhido pelo ex-ministro das Minas e Energia Bento Albuquerque, perdeu a sustentação ao não segurar o novo reajuste do diesel.
Bolsonaro está preocupado com o impacto do preço do diesel entre caminhoneiros, grupo que o apoia desde 2018 e que está insatisfeito.
O governo tem ainda pesquisas internas que mostram que a população joga a responsabilidade do preço dos combustíveis no Presidente da República – candidato à reeleição.
Desde que indicou Adolfo Sachsida para o MME, Bolsonaro vem cobrando medidas. Sachsida é próximo do ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem participado de decisões na área.
O plano do governo é estender o período em que a Petrobras repassa os valores do petróleo importado para o preço dos combustíveis nas bombas.
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Foto: Clauber Cleber Caetano/Presidência da República