Presidente do TSE prevê nos EUA ataque mais grave que ao Capitólio
Ministro Edson Fachin volta a insinuar que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro vão bagunçar as eleições

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 07/07/2022 às 21:25 | Atualizado em: 07/07/2022 às 21:25
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, disse nesta quarta-feira, 6, em palestra nos Estados Unidos, que o Brasil pode passar por um episódio de ataques às instituições ainda mais grave do que o ocorrido na invasão ao Capitólio, a sede do Congresso norte-americano, localizado em Washington.
“Nós poderemos ter um episódio ainda mais agravado do 6 de janeiro daqui, do Capitólio”, afirmou durante o evento organizado pelo instituto Wilson Center.
Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores do ex-presidente republicano Donald Trump invadiram violentamente o prédio enquanto deputados e senadores faziam a contagem oficial dos votos recebidos pelo presidente eleito Joe Biden no colégio eleitoral.
O atentado deixou cinco pessoas mortas. Na ocasião, parlamentares tiveram que ser retirados do prédio, ou se esconder em salas de auxiliares, para que não fossem agredidos pelos invasores.
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Como mostrou o Estadão, o TSE tem investido cifras milionárias para reforçar o esquema de segurança do prédio e dos ministros.
A Corte mantém um esquema de vigilância armada e monitoramento de ameaças em constante atualização.
No evento em Washington, Fachin ainda apelou que os eleitores brasileiros se armem “unicamente do seu voto” e chegou a rebater as declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que, caso reeleito, expandirá o acesso a armas no País.
O ministro chegou a dizer que “sociedade armada é sociedade oprimida”.
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil