“Assunto superado”. Assim o Ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, respondeu a um ministro de Jair Bolsonaro que lhe perguntara sobre o resultado da reunião da manhã desta quarta-feira (31) com Alexandre de Moraes, na qual discutiram o processo de apuração das eleições. Ou, mais especificamente, sobre a segurança no momento da totalização dos votos, uma obsessiva dúvida tanto de Nogueira quanto de Bolsonaro.
No encontro, segundo o tribunal, “ficou reconhecido o êxito dos testes de verificação das urnas eletrônicas” e “reafirmado que haverá a divulgação de todos os boletins de urna pelo TSE, possibilitando a conferência e totalização dos resultados eleitorais pelos partidos políticos e entidades independentes”.
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O uso da biometria de eleitores em algumas urnas, uma das propostas das Forças Armadas, foi acolhida por Moraes, ainda segundo o TSE:
“A importância da manutenção da realização do Teste de Integridade, que ocorre desde 2002, como mecanismo eficaz de auditoria foi ressaltada por ambas as áreas técnicas, que apresentarão, em conjunto, a possibilidade de um projeto piloto complementar, utilizando a biometria de eleitores reais em algumas urnas indicadas para o referido teste, conforme sugestão das Forças Armadas”.
A julgar pela reação de Nogueira e pelo comunicado do TSE, que ressaltou ter aceito uma sugestão dos militares, Bolsonaro não teria mais motivos para falar em possibilidade de fraude na eleição. Talvez tenha chegado o momento de Bolsonaro dizer que aceitará o resultado das urnas (urnas eletrônicas!), sem qualquer ressalva — e a mais usada por ele sempre foi “aceito, se as eleições forem limpas”.
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Foto: divulgação