Em tom de campanha até na Câmara, Mandel ataca Almeida da tribuna

Pré-candidato disparou críticas também ao governador, a Lula, Alckmin…

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 21/03/2024 às 19:55 | Atualizado em: 21/03/2024 às 20:43

Pré-candidato a prefeito de Manaus, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) reviveu seus momentos de vereador. O parlamentar, que quase não discursa, ocupou nesta quinta-feira (21) seis vezes a tribuna da Câmara dos Deputados para focar em assuntos locais.

A situação foi tão inusitada que o parlamentar se apresentou na tribuna: “Meu nome é Amom Mandel e eu sei que é assim que vamos mudar essa realidade, não com discursos, mas com ações”, disse.

O alvo preferencial foi o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que divide com ele a preferência dos eleitores da cidade, segundo indica as pesquisas eleitorais.

Todavia, o deputado mirou também no governador Wilson Lima (União Brasil), o presidente Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede).

No primeiro pronunciamento, ele criticou todos esses políticos, incluindo sempre o prefeito, para dizer que eles foram “só bater fotos” quando desabaram 30 casas no bairro Jorge Teixeira (zona leste de Manaus) por causa das chuvas. Disse que os recursos federais para a ajuda nunca chegaram.

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Ele anunciava que estava apresentando projeto para que as pessoas, vítimas do descaso dos governos, possam acompanhar os índices de qualidade das obras públicas, “para saber se as obras emergenciais acontecem ou não no país.”

Em cada assunto que tratava, o parlamentar sempre relacionava os seus adversários já escolhidos na campanha.

“Manaus vai receber um centro policial internacional para combater crimes na Amazônia, anuncia Lula. A promessa era para dezembro e, até agora, ninguém inaugurou nada. Manaus está abandonada pelo governo federal, pelo governo estadual e pela Prefeitura de Manaus”.

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O autismo

Depois, discursou sobre o espectro autista e criticou o governo federal por não promover a inclusão dos portadores da síndrome.

Falou sobre outros assuntos como, por exemplo, apartamentos populares dados a parentes do prefeito; apreensão de motocicletas pelo Instituto Municipal de Mobilidade Urbana, da prefeitura; recursos não aplicados na segurança pública pelo governo estadual; e sobre um suposto vídeo gravado na Secretaria Municipal de Comunicação com recebimento de propina.

Foto: divulgação