Não é impossível que PT apoie Almeida ou Alberto Neto em Manaus
Partido de Lula traça estratégias para segundo turno e estabelece condições para o apoio aos candidatos

Mariane Veiga
Publicado em: 08/10/2024 às 22:09 | Atualizado em: 09/10/2024 às 09:54
A cúpula nacional do PT se reuniu nesta terça-feira (8) para definir estratégia do partido no segundo turno e decidiu apoiar nomes que aptem pela reeleição de Lula da Silva em 2026, o que pode alcançar a disputa entre David Almeida (Avante) e Alberto Neto (PL) em Manaus.
Ao todo, 13 candidatos petistas disputam a segunda fase do pleito municipal, além de Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pela legenda em São Paulo e definido como prioridade do PT.
Em relação às disputas de segundo turno nas capitais que não têm candidatos do PT, integrantes da cúpula da sigla entendem que há uma prioridade a nomes que apoiam a reeleição de Lula.
Entretanto, caso determinadas alianças sejam inviáveis, a determinação é endossar candidatos que tenham uma boa relação com o governo federal e não ataquem a administração de Lula.
Na visão de petistas, alguns encaminhamentos vão acontecer naturalmente, como o apoio a Fuad Noman (PSD) contra Bruno Engler (PL) em Belo Horizonte, e a aliança com Igor Normando (MDB) contra Eder Mauro (PL) em Belém.
Nessas duas cidades, candidatos do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentam nomes bancados por ministros do presidente Lula.
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Por outro lado, há situações mais difíceis e que vão exigir mais conversas para decidir como o PT vai lidar com a disputa.
Um exemplo é Manaus, onde o segundo turno é disputado entre dois candidatos de direita, Alberto e Almeida, contudo, o candidato do PL representa uma direita radical e o PT proíbe coligação com candidatos bolsonaristas.
Em nota após a reunião, o PT disse que vai estar do lado oposto da “extrema-direita” em todas as cidades em que o PT não estiver no segundo turno.
“Vamos nos engajar nas campanhas de candidatos de outros partidos nas cidades onde haverá segundo turno contra candidatos da extrema direita, sem vacilações. O PT sempre teve lado, o lado do Brasil e do povo, e nunca se omitiu na defesa da democracia”.
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