Candidatos põem escândalo eleitoral de Parintins na campanha de Manaus
David Almeida, Amom Mandel e Capitão Alberto Neto denunciam esquema revelado em Parintins, levantando suspeitas sobre a campanha de Roberto Cidade em Manaus.

Diamantino Junior
Publicado em: 01/10/2024 às 09:33 | Atualizado em: 01/10/2024 às 09:33
O vídeo conhecido como “QG do Crime”, divulgado em 28 de setembro de 2024, envolvendo servidores públicos e membros da Polícia Militar (PM) em supostas operações ilegais para influenciar as eleições em Parintins, gerou forte repercussão na campanha para a prefeitura de Manaus.
Os candidatos David Almeida (Avante), Amom Mandel (Cidadania) e Capitão Alberto Neto (PL) denunciaram o conteúdo do vídeo e apontaram envolvimento do governador Wilson Lima e de Roberto Cidade, candidato à prefeitura de Manaus, no esquema.
David Almeida foi o primeiro a se manifestar, chamando o caso de “atentado à democracia” e “organização criminosa”, e exigiu que o governador exonere os secretários envolvidos. “Se o governador não exonerar esses secretários, ele está dizendo: tá ok, vocês têm a minha chancela”, afirmou. Almeida criticou a gravidade da situação, destacando o uso de servidores públicos para manipular o processo eleitoral.
Capitão Alberto Neto também foi contundente, acusando a campanha de Roberto Cidade de estar disposta a “fazer qualquer coisa para vencer”, incluindo o uso de táticas ilegais como escutas telefônicas e coerção de eleitores. O capitão pediu uma investigação completa sobre o caso, incentivando os eleitores a agirem nas urnas para garantir a justiça.
Amom Mandel, por sua vez, pediu uma intervenção federal na segurança pública do Amazonas. Ele já havia denunciado perseguições anteriores e afirmou que o vídeo evidencia a infiltração do crime organizado na secretaria de segurança.
“Não podemos aceitar que o estado esteja sendo dominado por práticas criminosas que desvirtuam o processo eleitoral”, declarou.
A juíza eleitoral de Parintins, Juliana Arrais Mousinho, ordenou a destituição do comandante da PM no município, que aparece no vídeo, mas proibiu o uso do material na propaganda eleitoral local.
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O escândalo, amplamente divulgado por portais e emissoras de TV em Manaus, aumenta a pressão sobre as autoridades para garantir um pleito justo.
Em resposta, o Governo do Amazonas negou qualquer interferência no processo eleitoral, repudiou as acusações e declarou que as forças de segurança estão comprometidas com a integridade do pleito. O candidato Roberto Cidade não se manifestou sobre as acusações.
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Foto: reprodução