A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, denunciou entrevista publicada neste domingo (29) no jornal O Globo que o crime organizado busca se infiltrar nas eleições municipais e pretende formular leis.
Para a ministra, é preciso que a Justiça apresente uma resposta imediata a essa tentativa.
Ela também classificou o plano das facções como “bastante grave”, e não pode ser subestimado.
E para combater o problema, disse que a Justiça tem feito um cruzamento de dados para acompanhar o tema.
O trabalho é feito por um grupo de especialistas do Ministério Público e da Polícia Federal para verificar se pedidos de registro de candidatura foram feitos por pessoas envolvidas em processos ligados a organizações criminosas.
Segundo a ministra, existe o risco de que a tentativa de infiltração dos criminosos na política alcance as esferas estaduais e até nacionais. “É grave esse atrevimento criminoso”, disse ela.
Ainda sobre a atuação das facções, a ministra disse que a Justiça traçou uma “estratégia robusta” para garantir a segurança das eleições. O plano envolve todas as polícias estaduais e federais e conta ainda com o reforço das Forças Armadas.
Ela acrescenta que nestas eleições, pela primeira vez, foi determinado que houvesse a presença de um juiz em todos as cidades do país no dia da eleição. “Essa estratégia foi implementada para que os eleitores se sintam seguros e protegidos, tanto física quanto legalmente, em todo o território nacional”, disse.
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Foto: Reprodução/GloboNews