Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e oito partidos coligados terão R$ 828 milhões do Fundo Público para gastar nesta campanha presidencial.
O Fundo Público foi criado para bancar gastos de campanha na falta do financiamento de empresas.
Do total de R$ 1,72 bilhão destinado às legendas pelo chamado fundão, R$ 828 milhões ficarão com PSDB, PP, PR, PTB, SD, PPS, PSD, PRB e DEM.
Essa verba não poderá ser usada na integralidade pela campanha de Alckmin.
Deverá ser distribuída entre todos os candidatos desses partidos no país.
O teto para despesas de uma candidatura presidencial é de R$ 70 milhões no primeiro turno e outros R$ 35 milhões caso o candidato avance para o segundo turno.
As informações são da Folha de S.Paulo .
Resolução interna aprovada pelo PSDB prevê, inicialmente, o repasse de R$ 43 milhões do fundão para a campanha de Alckmin.
As legendas também poderão usar este ano recursos do fundo partidário, verba pública destinada anualmente às siglas para manutenção da máquina partidária.
O fundo partidário tem outros R$ 889 milhões reservados para 2018.
O segundo maior volume do fundão vai para a coligação liderada pelo PT do ex-presidente Lula. São R$ 270 milhões.
Outros dois candidatos bem colocados nas pesquisas terão bem menos recursos em caixa.
A coligação do PSL, de Jair Bolsonaro, com o PRTB, do General Mourão, terá R$ 13 milhões.
A Rede, de Marina Silva, e o PV, de Eduardo Jorge, terão juntos R$ 35 milhões para gastar com todas as suas campanhas.
A divisão do fundão se dá de acordo com o tamanho das coligações formadas.
Quanto mais robustas, mais dinheiro elas têm, ressalta a Folha .
Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu que empresas financiassem candidatos sob o argumento de que era preciso dar mais equilíbrio à disputa, minimizando a influência do poderio econômico na definição do resultado.
Divisão pelas coligações/candidaturas
Geraldo Alckmin – R$ 828,1 milhões
Lula – R$ 269,8 milhões
Henrique Meirelles – R$ 249 milhões
Alvaro Dias – R$ 83,8 milhões
Ciro Gomes – R$ 73,9 milhões
Marina Silva – R$ 35,3 milhões
Guilherme Boulos – R$ 22,4 milhões
Jair Bolsonaro – R$ 12,9 milhões
Cabo Daciolo – R$ 9,9 milhões
José Maria Eymael – R$ 4,1 milhões
Vera Lúcia – R$ 0,98 milhão
João Amoêdo – R$ 0,98 milhão
Joào Goulart Filho – R$ 0,98 milhão
Partidos sem candidato a presidente e sem coligação – R$ 123,6 milhões
Fonte: Folha de S.Paulo
Em 2014, a campanha mais cara, a da ex-presidente Dilma Rousseff, declarou à Justiça eleitoral gastos de R$ 438 milhões (em valores de hoje), seis vezes o teto que, agora, será permitido.
Esta é a primeira vez que o novo modelo será aplicado em uma eleição geral.
Além do dinheiro público, os candidatos podem receber doações de pessoas físicas.
Foto: Divulgação/PSDB/arquivo/