Joaquim Barbosa declara voto em Haddad e critica Bolsonaro

Neuton Correa
Publicado em: 27/10/2018 às 15:00 | Atualizado em: 27/10/2018 às 15:13
Por Neuton Corrêa, da redação
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa publicou hoje, véspera do segundo turno das eleições, uma declaração de voto no candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad.
A manifestação, esperada pelos petistas desde o início do segundo turno, foi feita pelo Twitter, diz que, em 32 anos de direito de voto, um candidato, Jair Bolsonaro (PSL), lhe inspira medo.
“Votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad”, disse ele no primeiro post sobre o assunto.
Na segunda postagem, o ex-ministro do STF fez um esclarecimento, segundo ele, para “desmentir uma manipulação feita ao longo desta triste campanha eleitoral”.
“Faço um esclarecimento público para desmentir uma manipulação que vem sendo feita ao longo desta triste campanha eleitoral. Até a data de hoje eu ignorei completamente o uso do meu nome na campanha por um dos candidatos. Mudei de ideia porque hoje reiterou-se a manipulação”.
Em outro post, Joaquim Barbosa cita a Ação Penal 470, que investigou o Mensalão e do qual foi o relator.
“Desde 2014 jamais emiti opinião sobre a conhecida Ação Penal 470. Mudei de atividade profissional. Virei a página. Mas vou esclarecer às pessoas sem conhecimento técnico o seguinte: 1) a AP 470 envolvia sobretudo líderes e presidentes de partidos”.
No último posta, o ex-presidente da Corte mais importante do país cita o nome de Bolsonaro, escrevendo que “é falso” o que ele vem dizendo sobre o fato de ter sido absolvido no caso Mensalão:
“Bolsonaro não era líder nem presidente de partido. Ele não fazia parte do processo do Mensalão. Só se julga quem é parte no processo. Portanto, eu jamais poderia tê-lo absolvido ou exonerado. Ou julgado. É falso, portanto, o que ele vem dizendo por aí”.
Foto: Carlos Humberto/SCO/STF/11/06/2014