No discurso em que anunciou o nome do deputado estadual Wilker Barreto como vice em sua chapa, o candidato a prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (Podemos), abriu artilharia pesada.
O octogenário não poupou críticas a adversários, aos deputados da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM) e ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM).
Elogios a políticos, somente ao senador Eduardo Braga (MDB), presente no evento, mas que só foi lembrado por Amazonino após ter encerrado seu discurso.
ALE-AM
Amazonino começou lembrando sua derrota para o atual governador Wilson Lima (PSC) nas eleições 2018.
Chamou a decisão do povo de “dura e dolorosa”.
Depois, partiu para o ataque aos deputados estaduais e criticou suas relações com o governo.
“Eu me escandalizo. Nunca vi, em nenhum momento da nossa história, tanta subserviência. E nunca vi tanta relação de negócios espúrios dos membros daquele parlamento com o governo”, afirmou.
Amazonino também disparou contra o Ministério Público do Amazonas.
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Afirmou, sem citar nome, que o órgão está mancomunando com o que chamou de assaltantes dos cofres públicos.
“Essa mesma gente que assalta hoje, mancomunada com órgãos, o que é mais incrível, mancomunada com órgãos oficiais, órgãos públicos, que tinham a obrigação de zelar pelo povo, se tornam aliados disso e fazem de forma descarada”, criticou.
Mira
Aos adversários, sua principal mira foi para David Almeida (Avante), vice-líder nas pesquisas eleitorais para prefeito de Manaus.
Amazonino disse que o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM) passou acidentalmente pelo governo e acha que já tem experiência.
“Fico meio basbaque vendo pessoas que continuam insistindo com o povo, mas que não têm nenhuma vivência, nenhuma experiência. Que passaram acidentalmente pelo governo, passaram quatro meses e faz um estardalhaço como se fosse o Salvador da Pátria. Na verdade, não têm experiência de nada”, disparou.
Esquecido
Amazonino já havia encerrado seu discurso quando pediu novamente a palavra.
O cacique esqueceu de agradecer ao senador Eduardo Braga e o apoio do MDB.
O candidato do Podemos fez questão de dizer que o apoio veio sem troca.
“O Eduardo vai me ajudar a executar grandes projetos. […] Ele não tem interesse nenhum. A nossa operação não tem negociata. Não me pediu uma secretaria. Não exigiu nada. O Eduardo não gosta de maus caminhos e não tem rabo preso com esse governo”, disse.
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