Após afirmar que continua na disputa à Presidência da Câmara dos Deputados, mesmo sem o apoio de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual comandante da Casa, o deputado federal Marcelo Ramos (PL) deu continuidade à sua campanha pelo país.
Nesta quinta-feira, dia 26, ele foi recebido pelo governador do Maranhão, Flávio Dino, uma das lideranças nacionais da esquerda e membro do PCdoB, ex-partido do deputado amazonense. A visita foi registrada pelo governador no Twitter.
“Hoje recebi a visita do deputado federal Marcelo Ramos, do nosso irmão Estado do Amazonas. Conversamos sobre política nacional, orçamento de 2021 e reforma tributária. Ele pertence ao PL, temos diferenças, mas também muitas convergências, importantes para o Brasil”, afirmou o governador.
Sobre o processo sucessório, a líder do partido do governador na Câmara, deputada Perpértua Almeida (AC), declarou recentemente: “Para onde a gente pender, poderemos decidir a eleição”.
Ela fazia referência aos 130 deputados da esquerda que decidiram votar unidos num sucessor de Maia nas eleições de fevereiro.
Reeleição
O deputado amazonense também reagiu à possibilidade de reeleição para os cargos de Maia e Davi Alcolumbre (DEM-AP) no Senado. Segundo levantamento do Poder360, o STF (Supremo Tribunal Federal) já tem maioria formada entre seus 11 ministros para liberar ao Congresso a decisão de reeleger os dois.
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O site apurou que já há 7 votos seguros a favor da “tese de que pode haver a reeleição na disputa marcada para a 1ª semana de fevereiro de 2021”.
“Todos sabem o apreço, respeito e reconhecimento que tenho aos presidentes Davi e Rodrigo, mas não podemos brincar com a Constituição. A CF é o que nos dá estabilidade jurídica, política e institucional. Afronta-lá e ultraja-lá é colocar em risco nossa estabilidade democrática”, afirmou Ramos.
Para ele, prevalecerá o compromisso dos ministros do STF com a preservação da Constituição que é expressa na vedação a possibilidade de reeleição dentro da mesma legislatura.
“A questão não é quem poderá se beneficiar da decisão, a questão é que autorizar reeleição abrirá um precedente para reeleições eternas em todos os Poderes”, explicou o parlamentar, que é advogado.