Deputados bolsonaristas serão investigados por campanha de desinformação

Augusto Aras, procurador-geral da República, recebeu despacho sobre supostos crimes eleitorais cometidos por quatro parlamentares bolsonaristas

PGR pede que o Supremo apure atos contra a democracia no país

Ferreira Gabriel

Publicado em: 22/11/2020 às 13:18 | Atualizado em: 22/11/2020 às 13:18

A investigação sobre ataques à Justiça Eleitoral no domingo de eleição, que corre no Ministério Público Federal (MPF), foi transferida para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Isso foi feito porque os supostos crimes não estariam restritos ao campo eleitoral. Dessa forma, parlamentares bolsonaristas, detentores de foro privilegiado, foram listados como propagadores da campanha de desinformação detectada.

O despacho foi enviado pelo vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Góes, na sexta-feira, (20), ao procurador-geral da República, Augusto Aras.

A decisão de Góes foi tomada ao analisar documentação apresentada pela SaferNet Brasil. Esta entidade, portanto, tem colaboração formal com o MPF para monitoramento da desinformação nas eleições.

Após o vazamento de dados de recursos humanos e do ataque que sobrecarregou a consulta a serviços do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), redes bolsonaristas passaram a propagar a narrativa de que o resultado das urnas estaria em xeque. Os ataques, porém, não tiveram qualquer impacto na segurança do pleito.

O Estadão apurou que quatro deputados são citados no despacho de Brill de Góes para justificar a mudança de âmbito: Filipe Barros (PSL-PR), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis(PSL-DF). Caso processados, a lei exige que a iniciativa parta da PGR, perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

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Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

 

 

 

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