As grandes cidades brasileiras tiveram 242 disputas de segundo turno de 1996 a 2016. Isso ocorre quando um candidato não recebe 50% mais um dos votos válidos em municípios com mais de 200 mil eleitores.
Em 23,6% desses casos, ou seja, 57 vezes, foram registradas viradas entre os turnos.
O candidato que ficou na 2ª posição na 1ª parte do pleito acabou alavancando sua candidatura e se tornando prefeito no final.
Dados históricos compilados pelo Poder360 mostram que as reviravoltas são ainda mais raras quando a diferença percentual entre um candidato e outro no primeiro turno é maior que 10 pontos: foram apenas 14 casos assim nos últimos 24 anos.
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Nesses cenários, é mais incomum o 2º colocado conseguir vencer.
Segundo turno nas capitais
Eleitores de 18 capitais voltarão às urnas em 29 de novembro.
Em metade dessas cidades, a diferença entre um candidato e outro no primeiro turno foi maior que 10%. A chance de reviravolta é reduzida nesses casos.
Nas duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, os eleitores voltarão às urnas em 29 de novembro.
As disputas nessas capitais terminaram com mais de 10% de diferença no primeiro turno. Não é impossível que haja grandes mudanças, mas os dados mostram que historicamente as probabilidades são mais baixas.
Cenários
São 39 os municípios do interior ou de regiões metropolitanas que ainda não definiram seus prefeitos. Em 22 deles, a diferença é maior que 10 pontos percentuais.
O PSDB (9), o MDB (8) e o PDT (6) foram as siglas com mais candidatos atingindo a dianteira no segundo turno e virando o resultado.
Já quando considera-se os Estados, São Paulo foi recordista, com 16 casos.
É também a unidade da Federação com mais cidades onde pode haver segundo turno: 28.
Em seguida aparecem Rio de Janeiro (8 viradas), Minas Gerais (6) e Rio Grande do Sul (6).
De todas as cidades com segundo turno desde 1996, apenas Santos (SP) teve três viradas registradas. Outros 11 municípios tiveram reviravoltas duas vezes cada um.
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Fotos: BNC AMAZONAS