Metade dos candidatos a prefeito trocou de partido após eleição 2016
Com base em dados do TSE, conheça os partidos que mais ganharam e perderam filiados para as eleições deste ano

Ferreira Gabriel
Publicado em: 19/10/2020 às 11:47 | Atualizado em: 19/10/2020 às 12:08
De acordo com levantamento do G1 sobre dados fornecidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), praticamente a metade dos atuais candidatos a prefeito no país trocou de partido desde que disputou a eleição de 2016.
O percentual é de 47,7%. São 4.082 candidatos hoje dos 8,5 mil da última eleição que procuraram uma nova casa partidária para tentar sucesso nas urnas.
Em relação aos que buscam vagas nas câmaras municipais, contudo, esse troca-troca é muito mais elevado. De cada dez candidatos, sete deles (68%) deixaram seus partidos de 2016. São 108,2 mil dos 158,6 mil de há quatro anos.
Conforme especialista ouvido pelo G1, esse troca-troca tem consequências.
Por exemplo, o partido pode se beneficiar de um candidato já experimentado nas urnas. Logo, com boa chance de vitória.
Mas, pode também ter prejuízo com o eleitor, sobretudo com aquele que tem forte ligação com o partido.
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Correlação das forças
Como resultado desse processo, as trocas provocaram mudanças nas forças das legendas. O que melhor sucesso teve foi o DEM (Democratas). No balanço de entradas e saídas, o partido ficou com um saldo de 3,9 mil novos filiados para concorrer nestas eleições.
Acompanham o partido nessa casa dos 3 mil apenas duas legendas: Progressistas (PP) e PSD (Partido da Social Democracia).
Na outra ponta da tabela está o PV (Partido Verde). Portanto, entra nesta eleição com um saldo negativo de 2 mil candidatos.
Além dos verdes, tiveram prejuízo considerável as legendas PSDB, PSB, DC, PTC, PCdoB e PMN.
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PSD de Aziz
O PSD, que no Amazonas é comandado pelo senador Omar Aziz, foi o que se beneficiou das trocas mais comuns entre os partidos. Por exemplo, candidatos que deixaram MDB e PSDB e se aninharam no PSD dominam essas ocorrências.
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Foto: Nelson Jr./Ascom/TSE