Praciano descarta candidatura a prefeito e indica par perfeito a José Ricardo
Praciano dissipou logo qualquer desconforto no PT. E aponta par de chapa a José Ricardo

Aguinaldo Rodrigues, da Redação
Publicado em: 10/03/2020 às 12:15 | Atualizado em: 10/03/2020 às 12:25
O ex-deputado Francisco Praciano não se sensibilizou com clamor petista para que seja candidato a prefeito de Manaus. Ao BNC Amazonas, neste dia 9, ele descarta veementemente ser opção de nome ao companheiro de PT José Ricardo.
“Eu não discuto prefeitura. Já tenho uma coisa consolidada. Primeiramente, porque não faz parte do meu projeto ser candidato. A nada. Nem a prefeito, nem a vereador”,
Elegantemente, Praciano afirmou que o nome do PT para esta eleição é o deputado federal José Ricardo.
“Portanto, é o José Ricardo, que deve buscar um vice na esquerda. E não estamos encontrando facilmente”.
Como resumo de seu pensamento, Praciano sugere ao pré-candidato “um bom nome, que pode compor uma boa dobradinha”.
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Nome para José Ricardo
Esse nome é o do deputado estadual Serafim Corrêa, do PSB. Este foi prefeito de Manaus de 2005 a 2008. E na disputa à reeleição, perdeu para Amazonino Mendes (sem partido).
Conforme o ex-deputado, que voltou à sua terra natal, o Ceará, em 2018. Naquela eleição, Praciano foi preterido no PT por Vanessa Grazziotin (PCdoB) na indicação à eleição ao Senado. Como resultado, a comunista não se reelegeu.
Segundo ele, a defesa do nome de Serafim é por ele compor com José Ricardo “uma história bonita, ética, de competência e experiência”.
Concluindo sua avaliação do cenário para formação dessa chapa de esquerda, Praciano ainda dá uma dica ao PT. É a indicação de que Serafim pode ser o cabeça de chapa, com José Ricardo de vice.
“É um caso a se conversar”, disse ele. Importante para o petista é que a esquerda entre forte na eleição, vença e governe a prefeitura com os partidos que se aliançaram.
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Propostas para voltar
Sobre o movimento ensaiado por correligionários de partido, Praciano vê como normal dentro do PT. Explicou que o PT é diverso, tem diferenças internas, que se resolvem internamente.
“O PT tem uma democracia interna, ela é real. Temos vários grupos, correntes, facções. É muito normal que em véspera de eleição tenha alternativas propostas por diversos grupos”.
Segundo Praciano, sempre haverá quem defenda um cabeça de chapa de fora do PT. “Outros acham que é o Praciano, outros que é o José Ricardo”.
Da mesma forma, propostas as mais diversas é o que mais tem ouvido nos últimos dois anos, desde que deixou o Amazonas.
“Voltar para ser vereador e melhorar a bancada do PT, e no futuro pensar no Senado ou no governo. Ou ainda para proposta de algum grupo, de sair como vice do José Ricardo, de sair candidato a prefeito…”.
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Esquerda unida
Conforme sua avaliação com vistas à eleição deste ano, Praciano disse que a reunião da esquerda seria o movimento lógico.
Contudo, ele tem uma definição para o que deve ser considerado de esquerda hoje.
“Pela conjuntura do país, estou chamando de esquerda hoje aqueles que entendem que o Brasil precisa de garantia da sua soberania, de autonomia e recuperar sua democracia”.
Além disso, o petista vê como de esquerda aquele que defende um Estado social, “com programas sociais fortes, com redução das privatizações irresponsáveis”.
“Isso eu chamo de esquerda”.
Consequentemente, ele exclui desse campo partidos e políticos “alinhados ou quase alinhados ou silenciados ou omissos em relação ao governo Bolsonaro”.
Desse jeito, Praciano defende que quem desejar ser prefeito ou vereador pela esquerda terá de seguir mais do que a “cartilhinha”.
Terão, portanto, de se incorporar a uma “força nacional da esquerda para recuperar a democracia e a soberania do país”.
Conforme o ex-deputado, proposta nessa direção já foi apresentada ao PT. Por escrito.
Foto: BNC Amazonas