Petistas retomam nesta quarta-feira, dia 27, reunião suspensa de sábado, dia 23, com sentimento de que, outra vez, o PT no Amazonas, poderá ser alvo de intervenção da cúpula nacional da legenda.
A intervenção será para o partido escolher seu candidato a prefeito às eleições deste ano em Manaus.
O problema é que o deputado federal José Ricardo, que chegou a figurar em pesquisas entre os favoritos à sucessão do prefeito Arthur Neto (PSDB) e que tem preferência da direção nacional da sigla, enfrenta dificuldade interna no PT local.
Até ontem, ele ainda não havia conseguido a maioria dos 46 membros do diretório do PT-Manaus que escolherão o candidato.
Quem domina a maioria dos diretorianos é o deputado Sinésio Campos, presidente do PT-AM.
Mas Sinésio não possui, demonstrada, a força eleitoral que Zé Ricardo vem obtendo nas últimas eleições, principalmente na de 2018, quando, no Estado, foi o mais votado a deputado federal, em plena onda antiPT.
No sábado passado, Ricardo, ciente de que poderia ser derrotado no voto dentro de seu partido, pediu a suspensão das prévias.
Ele defendia uma escolha de consenso para que o partido vá unido para as eleições.
Mas a unidade ainda é um horizonte distante alcançado pelos petistas, que acham que, outra vez, o partido poderá ser alvo de intervenção.
Intervenções recentes
Intervenção não é novidade para os petistas do Amazonas.
Em 2010, por exemplo, a cúpula nacional obrigou o PT-AM apoiar a governador Alfredo Nascimento, que perdeu para Omar Aziz.
Em 2014, a nacional também interveio no Estado para que o partido apoiasse Eduardo Braga a governador. Ele perdeu para José Melo.
Em 2018, o partido preteriu o ex-deputado Francisco Praciano para apoiar Vanessa Grazziotin ao Senado, que também perdeu.
Fotos: Divulgação