Por Rosiene Carvalho , da Redação
Seis dos nove candidatos a governador do Amazonas querem que o TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas) adie a data da votação em primeiro turno do dia 6 de agosto para o dia 13 de agosto. Candidatos se preocupam, porém, que o adiamento não ultrapasse uma semana.
O pedido é assinado por representantes dos partidos e coligações dos seguintes candidatos: Rebecca Garcia (PP), José Ricardo (PT), Marcelo Serafim (PSB), Liliane Araújo (PPS), Wilker Barreto (PHS) e Jadel (PPL). Embora os representantes das coligações ouvidos pelo BNC tenham informado que o requerimento já havia sido protocolizado na manhã deste domingo, o TRE-AM não confirmou o protocolo do mesmo após consulta até as 13h20.
Então fora do pedido, portanto, os candidatos: Eduardo Braga (PMDB), Amazonino Mendes (PDT) e Luiz Castro (Rede).
Os partidos e coligações que apresentam o pedido, por meio de um requerimento ao TRE-AM, justificam que o não adiamento do pleito no período referente ao que ficou suspenso por determinação do ministro do STF Ricardo Lewandowski é medida que só beneficia os candidatos de maior poder econômico.
A reclamação é apresentada após duas reuniões no TRE-AM com todas as coligações para tratar do tema. A primeira, que sequer foi convocada, ocorreu na sexta-feira, dia 7, quando o tribunal avaliava adiar a data, mas por pressão dos próprios candidatos presentes e orientação do TSE, decidiu manter a data.
No dia seguinte, neste sábado, dia 8, nova rodada de conversas para definir a data de início da propaganda, inserções diárias e da entrega das mídias no TRE-AM e nas emissoras de TV e rádio. Novamente a proposta de adiar o pleito em uma semana foi ventilada.
Desta vez pelo Sindicato das Empresas de Rádio e TV. As coligações debaterem e aceitaram, novamente, diminuir um dia da propaganda e inserções para que as mesmas iniciassem na terça-feira, dia 11. Todos assinaram a ata na presença da juíza da propaganda, Anagali Bertazzo.
Gerson Queiroz do PT afirmou que o pedido é apenas para repor ao calendário os dias que foram retirados em função da suspensão. “O PT terminantemente contra que a eleição seja postergada para setembro. Apenas quer repor o tempo subtraído. Senão a campanha terá apenas 38 e não 45 dias. Na reunião de sábado, eu ouvi que todas as coligações não queriam adiar para setembro”, disse.
O presidente estadual do PPS, Elci Barroso, disse que a opinião da sigla é a mesma: apenas repor o que foi retirado e não adiar o pleito para setembro.
Marcelo Serafim, Wilker Barreto, Jardel e representantes do PP não atenderam as ligações feitas pela reportagem.
Foto: BNC