O corregedor eleitoral TRE-AM, João Simões, determinou a suspensão por 48 horas do perfil no Facebook do site Observatório Manaus por indícios de abuso do uso dos meios de comunicação em favor da campanha do candidato Eduardo Braga (PMDB).
O senador tentou sair do processo afirmando que não tem nenhum envolvimento com o site, mas o pedido foi negado pelo corregedor eleitoral.
A decisão, que prevê multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento, foi dada numa ação cautelar preparatória de uma ação de investigação judicial eleitoral (aije) que pode, se considerada correta, cassar o registro dos candidatos acusados de serem beneficiados pelas postagens do site.
A denúncia foi feita pela coligação do candidato Amazonino Mendes (PDT). Segundo a ação, o site e a fan page no Facebook do Observatório Manaus “ataca” todos os candidatos neste pleito, à exceção de Eduardo Braga. A coligação de Amazonino monitorou as postagens do Facebook entre os dias 17 de julho a 1º de agosto deste ano.
Como provas de que o site tem ligações com Braga, a coligação de Amazonino, apresentou o perfil pessoal no Facebook do criador do Observatório Manaus, o jornalista Alex Mendes. Nele, há várias postagens que demonstram a linha favorável a Braga.
Outra prova, segundo a coligação de Amazonino, são as ações movidas pelos demais candidatos no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) contra as publicações do Observatório Manaus, à exceção da coligação de Braga.
A coligação de Amazonino indica que publicações, ora anônimas e ora patrocinadas (o que é proibido pela legislação eleitoral), podem configurar abuso do poder econômico e do uso dos meios de comunicação.
Para o corregedor, as provas apresentadas na cautelar são suficientes e indicam indícios de que Braga tem sido beneficiado pelas publicações do Observatório Manaus em detrimento dos demais candidatos, o que causa um desequilíbrio na disputa pelo Governo do Amazonas.
Braga nega
De acordo com a defesa de Braga, a coligação nunca teve “qualquer ingerência, conhecimento ou envolvimento” com as publicações do Observatório Manaus.
A defesa do Observatório Manaus também nega o abuso dos meios de comunicação.
Foto: BNC