Fiocruz alerta para casos de Síndrome Respiratória em adultos no AM e mais 13 estados

O estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 2 de maio.

Vírus da covid invade vários órgãos e vive após morte do paciente

Arnoldo Santos

Publicado em: 06/05/2022 às 06:56 | Atualizado em: 06/05/2022 às 06:57

O Amazonas foi citado no novo Boletim do InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (5/5) que aponta para um possível início de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população adulta em diversos estados ao final do mês de abril, refletindo na curva nacional.

O Boletim aponta que 14 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 17: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

As demais apontam sinal de queda ou estabilidade na tendência de longo prazo. No entanto, Goiás apresenta sinal de crescimento na tendência de curto prazo (últimas três semanas).   

O dado se diferencia do observado ao longo de fevereiro e março, quando o sinal de crescimento esteve fundamentalmente restrito à população infantil (0 a 4 e 5 a 11 anos).

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, ressalta que, no momento, a principal suspeita é que esse sinal de possível aumento na população adulta esteja associado ao Sars-CoV-2 (Covid-19), que tem apresentado leve crescimento  na positividade entre os casos leves, mas pode também estar associado a um eventual retorno do vírus Influenza A (gripe).

“Os dados laboratoriais associados aos casos de SRAG ainda não nos permitem precisar. As próximas atualizações poderão trazer maior clareza. De qualquer forma, é importante que a rede laboratorial esteja atenta a possibilidade de circulação simultânea desses dois vírus respiratórios, testando para ambos sempre que possível para que possamos ter dados adequados para a caracterização de quais desses vírus estão causando essas internações”, afirmou Marcelo Gomes.