Os quatro agostos da gestão governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) registram 121.383 focos de queimada na área da qual o Brasil poderia extrair sobrevivência econômica e reassunção da liderança ecológica no planeta.
Assim diz José Renato Nalini, reitor da Uniregistral, nesta quinta-feira (8), no Estadão.
Ele comenta que sobre o pior agosto para a Amazônia, que registrou mais um recorde no desmatamento da Amazônia e dos demais biomas.
Além disso, o mês de agosto, desde 2010, deste ano de 2022 foi o pior, com 33.116 focos de queimadas.
Conforme o articulista, tudo isso é provocado por uma ganância que rima, não coincidentemente, com ignorância.
Dessa forma, ele acrescenta que o Brasil insiste em dilapidar um patrimônio que se manteve íntegro durante milênios.
“Antes que os invasores chegassem e acabassem com os naturais guardiões da terra, os indígenas”, destaca.
E, portanto, completa:
Uma visão equivocada e torpe faz com que se multiplique a área devastada. Desmata-se, aguarda-se que o terreno seque e em seguida ateia-se fogo ao resíduo, como tosca forma de “limpá-lo”. A desfaçatez é tamanha, que se programa uma nova série de “dias do fogo”, para que os interessados na exploração agropecuária mais injusta, que acaba com o solo, flora e fauna, possam extrair o imediatismo de uma renda assassina. Sim, mata-se a natureza, e com ela extingue-se a vida. Os ignorantes não percebem que a extinção do solo, da flora e da fauna antecipa a eliminação de qualquer espécie de vida sobre a Terra. A mais frágil dentre as várias experiências vitais que aqui se desenvolvem é a existência humana.
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil