Academia de Letras se rende à genialidade de Chico da Silva
Neuton Correa
Publicado em: 08/05/2019 às 07:49 | Atualizado em: 08/05/2019 às 11:36
Por Neuton Corrêa, da Redação
Maior expressão da música amazonense nos últimos 40 anos, o cantor e compositor Chico da Silva, de 74 anos de idade, será homenageado nesta quarta-feira, dia 8, às 20h, pela Academia Amazonense de Letras.
Ele vai receber a Medalha do Mérito Cultural Pericles Moraes, fundador da centenária casa, concedida anualmente para expressar o reconhecimento da instituição a personalidades que tenham se destacado nos estudos e na interpretação da Amazônia no campo das Letras, das Artes e do Mecenato.
Filho de Parintins, Chico da Silva surgiu para a música já no cenário nacional ao lado das maiores expressões do samba da década de 1970, cantando, compondo e fazendo contraponto com Martinho da Vila, sucesso da época.
É dele o primeiro sucesso que projetou a cantora Alcione. Foi Sufoco, composto por ele, que a inseriu no mercado musical para o grande público.
Chico da Silva também foi o primeiro a divulgar a toada de boi-bumbá nacionalmente num extinto compacto, versão menor do LP. Isso na década de 1970, assim que surgiu nas grandes gravadoras do país.
Vermelho, que compôs para o Garantido, ultrapassou os limites dos folguedos de bumbás e hoje é cantado em todo o mundo.
Mas ele também fez música para o terreiro local como as toadas “Amazonas meu amor”, Cantiga de Parintins e Domingo de Manaus, na qual faz um passeios nos atrativos turístico da capital amazonense.
Na semana passada, em palestra que fez para alunos do liceu Cláudio Santoro, em Manaus, ele definiu como faz sua arte, dizendo:
“Não sou eu que conduzo a música; é ela que me conduz”.
Foto: BNC AMAZONAS