Acusado de matar ex-miss Manicoré fica em silêncio no tribunal
Réu no processo, Rafael Fernandez Rodrigues optou por permanecer em silêncio durante a audiência ante às perguntas da promotora e do magistrado

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 19/03/2021 às 16:08 | Atualizado em: 19/03/2021 às 16:18
Acusado de matar a ex-miss Manicoré Kimberly Karen Mota de Oliveira, de 22 anos, o então namorado dela, Rafael Fernandez Rodrigues, optou pelo silêncio durante audiência na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. Manicoré é um município amazonense, distante 333 quilômetros de Manaus.
O fórum concluiu, nesta sexta-feira (19/3), a audiência para instruir a ação penal, que tem Rafael Rodrigues como réu.
O crime ocorreu no dia 11 de maio do ano passado, em um apartamento localizado na avenida Joaquim Nabuco, no Centro de Manaus.
A audiência foi realizada por videoconferência, por orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), em observância às medidas de prevenção ao coronavírus (covid-19).
Durante o ato foi ouvida uma testemunha arrolada pela defesa e, em seguida, foi dado início à última etapa da audiência, que consiste no interrogatório do réu.
Rafael Fernandez Rodrigues exerceu, no entanto, o direito de ficar em silêncio, de acordo com a Constituição Federal e o Código de Processo Penal.
Portanto, ele não respondeu a perguntas da promotora de Justiça Clarissa Moraes Brito e do juiz Anésio Rocha Pinheiro, sumariante do processo.
A defensora pública Ellen Cristine Alves de Melo, por sua vez, não fez perguntas.
Rafael permanece no Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM 1). Ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE-AM) como feminicídio por motivo torpe, tornando impossível a defesa da vítima.
Próximas etapas
Após o encerramento da audiência de instrução e julgamento desta sexta-feira, o juiz de Direito Anésio Rocha Pinheiro abriu prazo de cinco dias corridos para a apresentação das alegações finais do Ministério Público do Estado do Amazonas.
Após a apresentação, a defesa terá o mesmo prazo para suas alegações finais por memoriais.
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Finalizada esta fase, o magistrado poderá decidir pela pronúncia ou não do réu. Em havendo a sentença de pronúncia, Rafael será julgado em plenário por um júri popular.
Foto: Chico Batata/TJ-AM