Entidade de agricultores exige que Amazonas Energia resolva falta de luz em Apuí

Produtores de leite são dos mais prejudicados pelo serviço ruim da empresa privada de fornecimento de energia ao município do sul do Amazonas

21/08/2021 10:00

O município de Apuí, no interior do Amazonas, tem sofrido com constantes apagões no abastecimento de energia elétrica, o que tem causado muitos prejuízos para moradores e principalmente para agricultores rurais que têm tido perdas em suas produções.

Hoje a cidade conta com 243 produtores de leite vinculados à principal associação do segmento, que produzem em média 339.860 mil litros de leite ao mês.

A falta de energia implica em não ordenhar os animais. Se uma vaca não é ordenhada, ela diminui ou até mesmo para de produzir leite, então o primeiro dano com a queda de energia é uma redução na produção.

E se persistir o problema pode haver problemas maiores podendo até colocar em risco a saúde do animal.

A Federação da Agricultura e Pecuária (Faea) protocolou nesta sexta-feira (20), uma carta junto à presidência da Amazônia Energia, para que sejam implementadas medidas urgentes para que haja a resolução do problema.

A Faea formalizou ainda a solicitação de convocação de uma reunião extraordinária de agricultores para a próxima semana do Conselho de Consumidores da Amazonas Energia para tratar sobre a condição do município com a presença da diretoria da empresa.

“A situação é que há vários dias o município de Apuí vem enfrentando uma situação extremamente lamentável de racionamento de energia que vem prejudicando a vida normal do município e ocasionando significativos prejuízos econômicos para os produtores rurais daquele município que em função desta situação estão tendo que perder a produção de leite, por conta da impossibilidade de uso da ordenha mecânica para retirada do leite das matrizes leiteiras e também por que não tem como refrigerar esse produto. A economia do município de Apuí é baseada no setor agropecuário e isso está extremamente prejudicado com essa falta de energia elétrica”, contou o presidente da Faea, Muni Lourenço.