AM tem capital e 11 municípios em pesquisa nacional de saúde bucal

O Ministério da Saúde lançou nesta sexta-feira, 11, a terceira edição da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil).

Com o objetivo de analisar a saúde bucal e identificar as principais doenças ou problemas odontológicos da população brasileira, a pesquisa pretende examinar 50,8 mil moradores de 422 municípios.

No Amazonas foram sorteados 12 municípios. Além da capital Manaus, fazem parte do programa: Borba, Eirunepé, Humaitá, Itacoatiara, Manacapuru, Maués, Parintins, Presidente Figueiredo, São Paulo de Olivença, Tefé e Urucurituba

A pesquisa nacional SB Brasil é feita a cada dez anos e, inicialmente, estava prevista para ser realizada em 2020, mas precisou ser adiada em decorrência da pandemia de covid-19.

Esse é considerado pelo governo o maior levantamento sobre esse tema já feito no país. O investimento total na pesquisa, feito pela Secretaria de Atenção Primária, é de R$ 4 milhões.

A partir deste mês de fevereiro até junho de 2022, a pesquisa entra na etapa de coleta de dados, começando pelas capitais brasileiras e alcançando, posteriormente, o interior.

Quem participa

A SB Brasil se baseia na busca ativa, com uma equipe de campo indo na casa das pessoas para fazer a avaliação bucal.

Os pesquisadores fazem a coleta de dados socioeconômicos, por meio de questionário, seguida da avaliação da saúde bucal, com um exame físico, de pessoas das seguintes idades: 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos.

“Assim, são identificadas as necessidades e agravos bucais mais prevalentes. Esse trabalho é realizado por equipes de campo compostas por 2,5 mil profissionais da atenção primária à saúde em todo o Brasil. Os agravos identificados terão estimativas por estados, capitais e regiões de municípios do interior”, afirma a coordenação do SB Brasil.

Saúde bucal na pandemia

O secretário de atenção primária do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, destacou os créditos do governo federal para a saúde bucal durante a pandemia e a importância do pré-natal odontológico, que é um dos indicadores do programa de financiamento da atenção primária, e que aumentou em 16% de 2020 a 2021.

“Toda gestante do Brasil tem que ter pelo menos uma consulta odontológica”, defendeu o obstetra, lembrando que infecções dentárias oferecem riscos, inclusive de parto prematuro.

A SB Brasil tem a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) como instituição técnica responsável, e conta com apoio das secretarias estaduais e municipais de saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), de universidades e CFO.

Foto: Divulgação/Ministério da Saúde