Dados revelados nesta sexta-feira (9/8987) pelo Boletim InfoGripe da Fiocruz apontam crescimento de internações em idosos por síndrome respiratória aguda grave nos estados do Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
A análise foi feita na semana entre os dias 28 de julho e 3 deste mês.
“Os dados laborais sugerem que esse aumento esteja associado ao vírus da covid-19”, disse Tatiana Portella, pesquisadora do programa de computação cientifica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe.
“Em alguns estados do Nordeste, como Ceará, Pernambuco e Piauí, apesar de não haver aumento de internações entre os idosos, a maior parte dos casos de internações registrados nas últimas semanas foi causada pela covid-19”.
A pesquisadora ressaltou a importância de que os hospitais e as unidades sentinelas de síndrome gripal dessas regiões reforcem a atenção para qualquer sinal de aumento expressivo na circulação do vírus da covid-19.
“A gente também reforça a importância da vacinação contra covid-19, principalmente nos grupos prioritários, como os idosos. Também é importante que todos estejam em dia com vacina contra influenza, já que o vírus ainda circula de forma expressiva em alguns estados do país”.
Além disso, Tatiana afirmou que é importante ficar atento para as recomendações de sempre, como uso de máscaras em locais fechados e com menor circulação de ar.
“Nos postos de saúde, em caso do aparecimento dos sintomas, o recomendado é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, principalmente as que estão no grupo de risco”.
Ela acrescentou:
“Se não for possível o isolamento, é importante sair de casa usando máscaras. Em casos de aparecimento dos sintomas ou piora deles é importante procurar atendimento médico”.
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Vírus respiratório
O estudo observou ainda que o vírus sincicial respiratório se mantém como a principal causa de internação e óbitos em crianças de até dois anos, embora demonstre queda nas últimas semanas.
Outro vírus respiratório com destaque para a incidência de síndromes graves em crianças e adolescentes até 14 anos é o rinovírus.
Foto: reprodução