O desmatamento na Amazônia Legal bateu mais um recorde. No primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram devastados 941,34 km² de floresta.
Em relação ao mês de março deste ano, comparado ao mesmo mês do ano passado, houve uma queda de 15% no alerta de desmatamento.
Trata-se da maior taxa trimestral desde o início do programa de monitoramento do Deter, em 2015. Houve aumento de 54% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para se ter uma ideia, o desmatamento na Amazônia representa quase a área total da cidade do Rio de Janeiro ou a soma das áreas de Porto Alegre e Curitiba.
Como o Deter registrou recordes históricos em janeiro e fevereiro deste ano, os números não chegaram a ser surpreendentes.
Mato Grosso (336 km²), Amazonas (190,39 km²), Rondônia (176,27 km²) e Pará (160,83 km²) são os estados mais devastados.
Apuí lidera o ranking dos municípios com as maiores taxas de desmatamento neste primeiro trimestre. No local, a devastação atingiu uma área de 79,70 km².
Porto Velho (70,45 km²), Lábrea (43,09 km²), Rorainópolis (26,34 km²) e Novo Aripuanã (21,83 km²) completam a lista dos municípios com maior índice de desmatamento.
Governo Bolsonaro
O jornalista André Trigueiro, especialista na área ambiental, diz que o desmatamento bate recorde na Amazônia sem que o governo federal combata minimamente a ação dos criminosos.
“Enquanto isso, ministro nomeado por Bolsonaro no STF, André Mendonça, pede vista e paralisa julgamento de ação que obriga este mesmo governo a agir”, criticou.
Foto: Divulgação/Greenpeace