A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 30, durante reunião pública, o reajuste da tarifa praticada pela Amazonas Distribuidora de Energia. A empresa atende 998 mil unidades consumidoras localizadas no Estado do Amazonas. O reajuste entrará em vigor a partir de 1º/11.
Com aumento médio da tarifa em 14,89%, os consumidores serão onerados de forma diferente, dependendo da classe consumo na qual estejam inseridos. De acordo com a Aneel, o consumidor residencial, que constituem a maior parte das 998 mil unidades consumidoras atendidas pela concessionária, terão reajuste de 16,76%.
No caso das empresas, dependendo da natureza da conexão elétrica (baixa ou alta tensão) também há diferença no reajuste a ser l a partir de novembro. Assim, a empresa que enquadrada na baixa tensão sofrerá reajuste de 16,78%, enquanto as conexões de alta tensão terão aumento de 11,78%.
Confira os índices que serão aplicados às contas de luz dos consumidores – Fonte: Aneel
Justificativas para o rejuste
Ao calcular o reajuste, conforme estabelecido no contrato de concessão, a Agência considera a variação de custos associados à prestação do serviço. No caso da Amazonas Energia, o que mais contribuiu para o reajuste foram os gastos com compra de energia. Um dos fatores foi o aumento do preço médio de energia no Ambiente de Contratação Regulada (ACR Médio) que precifica a aquisição de energia nos Sistemas Isolados. A Amazonas tem custos de compra de energia com a parte do estado interligada e com a parte isolada. Os custos com o risco hidrológico também impactaram o reajuste.
Em virtude de liminar judicial, não há aplicação das bandeiras tarifárias na área de concessão da AmE. Assim, os seus consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional não percebem o benefício da redução do impacto da variação do custo de energia proporcionado pelo acionamento mensal das bandeiras tarifárias. Caso as bandeiras tivessem sido aplicadas nos meses de agosto de 2017 a julho de 2018, a distribuidora arrecadaria cerca de R$ 99,75 milhões e o potencial de redução no processo tarifário seria de 3,65%.
Fonte: Aneel – Foto: Eustáquio Libório/BNC