Amazonas pede a ministro solução à exportação de peixes ornamentais
Pescadores e transportadores têm dificuldade nos aeroportos.
Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 23/02/2024 às 10:38 | Atualizado em: 23/02/2024 às 10:57
O Governo do Amazonas mandou o secretário de Produção Rural (Sepror), Daniel Borges, ao Ministério da Pesca e Aquicultura. Na pauta, reivindicações pela exportação de peixes ornamentais.
Borges foi porta-voz de dificuldades e desafios dos pescadores, conhecidos por piabeiros, de Barcelos (a 405 quilômetros de Manaus).
Conforme Borges, eles relatam dificuldade na exportação de peixes ornamentais sobretudo no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
O secretário recebeu essa demanda via Associação de Exportadores de Peixes Ornamentais (Adepoam) e Instituto Piaba.
Segundo o que foi relatado pelas instituições, um peixe indo para Guarulhos, ele fica um dia a mais sem se alimentar e a qualidade dele não chega conforme o comprador gostaria, causando altos índices de mortandade.
Antigamente, a fiscalização do Instituto de Meio Ambiente (Ibama) era realizada em Manaus, e atualmente está sendo realizada em Guarulhos.
Desde 2022, quando o aeroporto de Manaus deixou de ser designado pelo Ibama como ponto de despacho aduaneiro para exportações, o setor vem enfrentando atrasos na análise de exportações, tempo de trânsito prolongado, aumento dos custos de fretes, dificuldades em obter reservas, risco de perda da carga viva, perda de mercado, além de impacto na cadeia produtiva.
Sobre a atividade
A pesca ornamental é realizada em mais de 20 municípios no estado.
A maior contribuição de peixes ornamentais é oriunda do rio Negro, principalmente dos municípios de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro.
As principais espécies cultivadas no Amazonas são cardinais, coridoras, bodós, lápis, xadrez e acará-disco.
Dessa maneira, os países que mais compram os peixes são Alemanha e Estados Unidos.
Leia mais
Barcelos e suas belezas naturais são destaques em site do governo
Foto: Gilvanete Costa/Secom