Amazônia: ações de Bruno podem orientar plano de segurança indígena

Os dados do indigenista podem embasar um programa de segurança do governo federal

Ferreira Gabriel

Publicado em: 02/03/2023 às 08:56 | Atualizado em: 02/03/2023 às 09:00

O indigenista Bruno Pereira deixou um plano de trabalho para garantir a segurança dos povos originários no Vale do Javari, na Amazônia.

Agora, estes dados podem embasar um programa de segurança do governo federal.

O especialista protetor dos territórios e do meio ambiente estava em missão na região para denunciar crimes. Ele foi assassinado por isso em junho de 2022, ao lado de seu companheiro de trabalho, o jornalista Dom Phillips, do The Guardian.

De acordo com lideranças indígenas, as autoridades ainda não esclareceram todas as circunstâncias do assassinato. Contudo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende dar atenção ao legado de Bruno Pereira.

“Certamente, a política e a diretriz do governo, de dar centralidade nesse debate de segurança pública vai nos aproximar, porque os problemas são os mesmos”, afirmou o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar.

Referência

Trata-se de uma retomada na política de proteção ambiental e dos povos originários. Alencar lembra que, nos últimos quatro anos, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), as estruturas de proteção foram desfeitas.

“Isso era uma tônica do governo anterior, de fragmentar a ação dos órgãos ambientais, por exemplo, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) que, ao invés de proteger aqueles que defendem a causa indígena, viravam objeto de perseguição. Então, a gente está iniciando um tempo novo”, disse.

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Foto: Reprodução/Twitter