Amazônia: ameaçado por fazendeiros, agente do Ibama é executado a tiros

Sidinei vinha sofrendo ameaças de fazendeiros e grileiros por sua atuação ativa contra criminosos ambientais da região

Publicado em: 17/06/2024 às 22:30 | Atualizado em: 18/06/2024 às 23:53

O indígena karajá e servidor do Ibama Sidinei de Oliveira Silva, conhecido como Neném, foi executado com dois tiros de escopeta calibre 12, na manhã de sábado, na porta da sua casa, em Tocantins.

Ele vinha sofrendo ameaças de fazendeiros e grileiros por sua atuação ativa contra criminosos ambientais da região.

O brigadista residia na aldeia Imotxi II, na ilha do Bananal, onde foi assassinado.

Nenêm atuava no programa do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e era presidente da Associação de Brigadistas da Brigada Federal (Brif) Nordeste do Ibama.

Segundo o Ibama, Nenê tinha vasta experiência no manejo integrado do fogo e operava equipamentos usados nos combates aos incêndios, como o Sling Dragon, usado em queimas prescritas a partir de helicópteros.

Um dos principais conhecedores da região, o ambientalista deu apoio logístico à Funai quando, em um sobrevoo, fez o avistamento do povo indígena isolado avá-canoeiro, antes dado como extinto em uma área da ilha do Bananal, conhecida como a “Mata do Mamão”.

O ambientalista chegou a prestar depoimento no Ministério Público sobre invasões de pecuaristas em terras indígenas localizadas na ilha.

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Foto: Ibama/reprodução