Amazônia: Banco do Brasil é alvo de protesto por emprestar a desmatadores
Segundo os ativistas, o objetivo da ação foi demonstrar as consequências da falta de controle adequado na concessão desses recursos

Ferreira Gabriel
Publicado em: 15/04/2024 às 17:23 | Atualizado em: 15/04/2024 às 17:23
Ativistas do Greenpeace Brasil promoveram nesta segunda-feira (15) um protesto em frente à sede do Banco do Brasil em Brasília e pediram a revisão dos contratos de concessão de crédito rural.
Segundo os ativistas, o objetivo da ação foi demonstrar as consequências da falta de controle adequado na concessão desses recursos.
A entidade diz que brechas e falhas na fiscalização têm permitido a liberação do dinheiro a propriedades rurais acusadas de desmatamento da Amazônia – algumas localizadas dentro de terras indígenas. O Banco do Brasil é o maior operador desses recursos no bioma.
A instituição contesta e afirma que a política de crédito do banco observa critérios socioambientais.
“[A gente pede] que o banco revise imediatamente as operações de crédito rural e cancele ou suspenda aquelas em que foram encontradas irregularidades socioambientais. Que faça monitoramento contínuo, pois muitas vezes o dano ambiental ocorre depois que o crédito foi concedido”, afirmou a porta-voz do Greenpeace Brasil, Cristiane Mazzetti.
O levantamento sobre o financiamento de propriedades acusadas de irregularidades socioambientais integra um relatório do Greenpeace Brasil divulgado na semana passada chamado “Bancando a Extinção; Bancos e investidores como sócios no desmatamento”.
Segundo a entidade, de 2018 a 2022, cerca de 800 fazendas embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) receberam crédito rural.
“Esperamos que o banco aumente o rigor das suas regras para concessão de créditos, para que o dinheiro não chegue em áreas problemáticas”, destacou Cristiane.
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Foto: Luiz Felipe Barbiéri/g1