Amazônia: cientista do Inpa no Amazonas é primeiro em ranking nacional

Foram examinados mais de 11.774 estudiosos do mundo, com dados coletados em dezembro de 2022

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Ferreira Gabriel

Publicado em: 17/04/2023 às 15:37 | Atualizado em: 17/04/2023 às 18:42

Dez pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) estão entre os quase 100 melhores cientistas na área de ecologia e evolução do Brasil, de acordo com o ranking da Research.com.

O pesquisador Philip Fearnside assume o primeiro lugar no ranking em nível nacional. Foram examinados mais de 11.774 estudiosos do mundo, com dados coletados em dezembro de 2022.

O Research.com é uma plataforma acadêmica para cientistas de todo o mundo. Os cientistas são avaliados por área, gerando o índice H por cientista dentro da sua área específica.

A posição no ranking Research.com é baseada em dados bibliométricos, de acordo com o número de artigos e dados de citações de determinada disciplina analisada, prêmios e realizações dos cientistas, o índice H (H-index).

Para a diretora do Inpa, Antonia Franco, a presença de mais de 10% de pesquisadores do Instituto no ranking brasileiro representa o reconhecimento da produção científica da unidade de pesquisa.

“É uma enorme satisfação termos dez dos nossos pesquisadores em destaque na lista. Isso demonstra a relevância do conhecimento que geramos há quase sete décadas sobre a Amazônia”.

O pesquisador e ambientalista Philip Fearnside estuda problemas ambientais na Amazônia desde 1974, entrando para os quadros do Inpa quatro anos depois.

No currículo, mais de 700 publicações científicas entre artigos, livros e capítulos de livros, principalmente sobre pesquisas ecológicas, incluindo estudos sobre impactos e perspectivas de diferentes modos de desenvolvimento na Amazônia, serviços ambientais e sobre as mudanças ambientais decorrentes do desmatamento da região.

“É gratificante ter sido identificado como ‘melhor cientista’ no Brasil na área da ecologia e evolução e também ver que vários outros pesquisadores do Inpa se saíram bem. Essas citações refletem o quanto as suas pesquisas estão sendo usadas por outros cientistas”, conta o pesquisador.

“A frequência de citações, no entanto, não é parâmetro para determinar se um pesquisador é bom, outros aspectos são importantes. Às vezes, grandes descobertas científicas são citadas muitos anos depois”, pondera Fearnside. Ele já soma mais de 30 títulos e prêmios na carreira e é pesquisador de produtividade 1 A do CNPq.

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Foto: Paulo Mindicello/Inpa