AmazĂ´nia: cientistas descobrem fungos capazes de derrotar o aedes aegypti
O mosquito Ă© o principal transmissor dos vĂrus da dengue, chikungunya, zika e febre amarela.

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas
Publicado em: 01/11/2023 Ă s 07:35 | Atualizado em: 01/11/2023 Ă s 07:35
TrĂªs espĂ©cies de fungos presentes no solo da AmazĂ´nia capazes de combater a proliferaĂ§Ă£o das larvas do aedes aegypti foram encontrados por pesquisadores da Universidade Federal do Acre (UFAC).
Conforme divulgou MetrĂ³poles, na reportagem de BethĂ¢nia Nunes, o mosquito Ă© o principal transmissor dos vĂrus da dengue, chikungunya, zika e febre amarela.
Assim, a descoberta foi publicada na revista cientĂfica Brazilian Journal of Biology na Ăºltima sexta-feira (27/10).
Dessa maneira, o coordenador da pesquisa, o engenheiro florestal e biĂ³logo Gleison Rafael Mendonça, estuda o desenvolvimento de um inseticida natural, produzido com bioativos da prĂ³pria floresta, mais eficaz para a realidade da regiĂ£o Norte.
Ainda de acordo com a publicaĂ§Ă£o, o aegypti é um problema de saĂºde pĂºblica.
Por exemplo, a OrganizaĂ§Ă£o Pan-Americana da SaĂºde (Opas) estima que cerca de 500 milhões de pessoas nas AmĂ©ricas correm rsico de contrair dengue.
Sobretudo, o nĂºmero de casos da doença na regiĂ£o passou de 1,5 milhĂ£o na dĂ©cada de 1980 para 16,2 milhões na dĂ©cada de 2010.
A princĂpio, a pesquisa de Mendonça começou com a coleta de amostras do solo da floresta amazĂ´nica na regiĂ£o do Acre.
Desse modo, o cientista buscava por espĂ©cies de fungos e de larvas do mosquito nos arredores das residĂªncias da capital Rio Branco.
Assim, Mendonça selecionou 23 espĂ©cies de fungos em laboratĂ³rio para analisar a interaĂ§Ă£o delas com as larvas do a. aegypti.
Como resultado, cinco tipos foram eficazes em exterminar o vetor do mosquito no ambiente controlado.
Contudo, apenas trĂªs deles se destacaram quando foram testados em um ambiente mais prĂ³ximo de onde o a. aegypti se desenvolve na vida real.
Sendo assim, as espĂ©cies Beauveria sp, Metarhizium anisopliae e M. anisopliae foram eficazes em matar 100% das larvas em cerca de trĂªs dias.
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Foto: arquivo/AgĂªncia Brasil