Amazônia: como falta de fiscalização do Ibama influencia crimes ambientais
Municípios mais desmatados são os mais impactados

Mariane Veiga
Publicado em: 06/08/2024 às 20:40 | Atualizado em: 07/08/2024 às 00:01
Um levantamento da InfoAmazonia, feito com base nos registros do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), mostra que, de janeiro a junho deste ano, a aplicação de multas contra infratores ambientais na amazônia apresentou queda de 67,3% em relação ao mesmo período de 2023.
Foram 1.543 autuações neste primeiro semestre, contra 4.723 no período no ano passado.
O baixo número do governo Lula da Silva (PT) em 2024 é 16% pior que os patamares atingidos na gestão de Jair Bolsonaro (PL), quando o país amargou alguns dos piores indicadores para proteção ambiental.
A redução das autuações na amazônia ocorre em meio à queda de braço entre o governo federal e os servidores da carreira ambiental, que se arrasta desde outubro do ano passado, quando iniciou-se uma negociação para reestruturação das carreiras no Ibama, ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e SFB (Serviço Florestal Brasileiro).
Desde então, os servidores têm realizado operações padrão, com paralisações pontuais e manifestações.
Em julho, a categoria chegou a decretar greve em 24 estados e no Distrito Federal, mas o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou a retomada das atividades.
Segundo o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), que negocia com os servidores, a proposta dos trabalhadores pede aumento de “quase 40% na folha, o que torna a inviável em vista das restrições orçamentárias”.
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Foto: divulgação/Ibama