A Amazônia concentrou 80% dos assassinatos no campo em 2021. É que apontam os dados do Relatório de Conflitos no Campo, revelados ontem (18) pela Comissão Pastoral da Terra.
Segundo o g1, o estudo mostra que, apesar da diminuição no último ano, o número de conflitos por terra no Brasil está em alta desde 2019.
Dessa forma, o coordenador da CPT, Isolete Wichinieski explicou:
“Nós temos, nos últimos três anos, no governo Bolsonaro, uma média de 1.908 conflitos. São os maiores números de registro de conflitos desde que a CPT, em 1985, começou a fazer estes registros. Então tem uma ligação direta com as ações do governo federal. Então, você tem o desmonte dos órgãos públicos, você tem o não investimento, ou seja, no orçamento específico para área do campo, seja para reforma agrária, e a questão da demarcação de territórios e outras políticas agrícolas e agrárias, especificamente para os pequenos agricultores”.
Conforme a publicação, o índice de assassinatos também cresceu, de acordo com o relatório da Comissão Pastoral da Terra.
Assim, passou de 20 em 2020 para 35 em 2021; a maioria dos assassinatos na Amazônia. E só nos primeiros meses de 2022, 14 pessoas perderam a vida em conflitos agrários.
Ainda de acordo com a reportagem, essa forma, a comissão aponta falhas do governo federal no enfrentamento a conflitos por terras no Brasil.
“Você não tem orçamento público para a reforma agrária nem para demarcação de territórios, e o próprio governo não quer fazer a demarcação. Ele quer regularizar as áreas para regularizar a grilagem, que os grandes latifundiários já tomaram das comunidades tradicionais e continuam ocupando essas áreas”, diz Wichinieski.
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Foto: Divulgação/EBC