AmazĂ´nia emite mais carbono do que consegue absorver
As emissões totais de carbono sĂ£o maiores na AmazĂ´nia oriental do que na parte ocidental, sendo a parte sudeste da AmazĂ´nia a mais comprometida

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas
Publicado em: 15/07/2021 Ă s 14:56 | Atualizado em: 15/07/2021 Ă s 14:56
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que regiões da Amazônia emite mais carbono do que consegue absorver.
Segundo estudo publicado ontem (14) pela revista cientĂfica Nature, liderado por uma pesquisadora do instituto federal. Como informa o G1.
Dessa forma, uma das pesquisadoras, Luciana Vanni Gatti, diz que por conta das queimadas e do desmatamento, a AmazĂ´nia, hoje, Ă© uma fonte de carbono.
Ela tambĂ©m diz, que o estudo aponta um efeito secundĂ¡rio do desmatamento, ou seja, a emissĂ£o indireta de carbono causada pelo impacto da diminuiĂ§Ă£o das chuvas na fotossĂntese.
“É sabido que acontece uma emissĂ£o direta com a queimada. As regiões desmatadas apresentam maior perda de chuva, principalmente na estaĂ§Ă£o seca (agosto a outubro)”, explica.
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Conforme disse Gatti, atualmente a floresta emite – alĂ©m do que consegue absorver – 0,29 bilhĂ£o de toneladas de carbono por ano para a atmosfera.
A pesquisa aponta que o principal ponto que leva ao desequilĂbrio Ă© a regiĂ£o sudeste da AmazĂ´nia.
AlĂ©m disso, essa Ă© uma regiĂ£o vulnerĂ¡vel do bioma pelas pressões do desmate e das queimadas.
O estudo aponta que as emissões totais de carbono sĂ£o maiores na AmazĂ´nia oriental do que na parte ocidental. Como resultado, a parte sudeste da AmazĂ´nia Ă© a mais comprometida.
Portanto, a regiĂ£o Sudeste da AmazĂ´nia engloba uma parte mais ao Sul do estado do ParĂ¡, MaranhĂ£o, Tocantins e Mato Grosso. SĂ£o Ă¡reas muito desmatadas historicamente e atualmente.
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Foto: EBC/DivulgaĂ§Ă£o