Amazônia entra na lista dos locais da Terra perto dos ‘pontos de não retorno’, conforme reportagem publicada hoje (12) pelo portal g1 sobre o meio ambiente.
A publicação destaca que o Brasil bate recorde sob recorde em termos de desmatamento e incêndios na maior floresta tropical do mundo.
Então, sobre o ponto de não retorno da floresta, no caso da Amazônia, o biólogo Mairon Bastos Lima, ressalta que não se sabe ao certo onde está esse limiar, justamente por causa das mudanças climáticas.
Com a temperatura média do planeta se elevando, a verdade é que esse ponto de não-retorno fica menos distante, e o desmatamento fica ainda mais ameaçador. E é o tipo de ameaça silenciosa ao menos para quem não atenta para os sinais, o que alguns chamam de desastre de início lento, mas que depois que se consolida, ganha tração e aí não tem mais volta , ressalta Bastos.
Por outro lado, o climatologista Carlos Nobre explica que, na prática já estamos vendo alguns resultados do aquecimento global na Amazônia.
Por exemplo, nos últimos anos, a temperatura de todo o bioma aumentou cerca de 1ºC a 1,5ºC mesmo em áreas de floresta, principalmente por causa da inclinada nas emissões globais de gases de efeito estufa.
Dessa maneira, isso teve consequências para o aumento de eventos extremos na região.
Ou seja, se antes as secas aconteciam normalmente uma vez a cada 15 ou 20 anos, agora, somente as últimas duas décadas registraram cerca de 4.
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Amazonas
A publicação ressalta, que este ano, como mostrou o g1, apenas no estado do Amazonas, a seca já afeta rios de todos seus 62 municípios.
“Isso é uma resposta do aquecimento global, que aumenta os extremos climáticos em todo o planeta”, ressalta Nobre.
Desse modo, aliado a isso, em alguns lugares, a floresta amazônica agora está emitindo mais dióxido de carbono do que é capaz de absorver.
Como resultado, se antes o bioma era considerado um importante “sumidouro” do CO2, a preocupação agora é em reverter as altas taxas desse gás causador efeito estufa em regiões onde o desmatamento impera na Amazônia.
Leia a reportagem completa no g1 .
Foto: Reprodução/segundoasegundo