Palco da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém, em novembro de 2025, o Pará vê o município de Breves, no arquipélago do Marajó, incendiar há mais de 20 dias.
O incêndio florestal na Amazônia que atinge a comunidade ribeirinha de Magebras tem tirado o sono de moradores da região.
Segundo moradores, na vila Magebras funcionava uma das maiores serralherias da região, e agora os restos de madeira no solo aumentam a combustão e facilitam o avanço do fogo, inclusive de forma subterrânea.
Lideranças têm se reunido diariamente para colaborar com as ações do governo estadual, na esperança de que o fogo não chegue a suas casas. Contudo, eles acreditam que, se o enfrentamento não for reforçado, o pior está por vir.
Um vídeo registrado na quinta-feira (22), pelo Corpo de Bombeiros Militar, mostra o incêndio se aproximando da vila e a fumaça invadindo as residências.
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“Os dias aqui estão sendo bem difíceis. Estamos no combate direto do fogo, o dia inteiro. À noite, o fogo avança bastante. Os bombeiros ficam só até a tarde. Na segunda [19], estávamos em 20 moradores tentando apagar o fogo”, disse um. morador.
Em meio à insatisfação com as ações de combate, os ribeirinhos protocolaram uma queixa no Ministério Público do Pará para cobrar reforço das ações.
Segundo eles, não há maquinário para abrir valas (trincheiras) que possam frear o avanço do fogo subterrâneo, o mais difícil de apagar.
Segundo a Folha de São Paulo, que publicou neste sábado uma reportagem sobre a situação, o governo Pará, o Corpo de Bombeiros Militar e a prefeitura de Breves não se manifestaram sobre a ocorrência.
A área da comunidade é de difícil acesso, e a fumaça prejudica a qualidade do ar na região. As causas do incêndio ainda não foram confirmadas.
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Foto: reprodução/redes sociais