Mais de 20 organizações lançaram uma campanha, dia 21, que pede pela criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes.
A criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes é uma ação fundamental e necessária para proteger uma das áreas mais valiosas da Amazônia. Com a implementação de medidas adequadas, elaboração de plano de manejo, desenvolvimento de programas de turismo e atuação rigorosa do poder público contra os crimes ambientais na região, será possível garantir a preservação do angelim-vermelho, de outras árvores gigantes e do futuro da biodiversidade da Amazônia, afirmou Alexandre Mansur, diretor de projetos do Instituto O Mundo Que Queremos, organização que coordena a campanha.
Conforme divulgou o g1, a unidade deve ser criada na Floresta Estadual do Paru (Flota). Ela está localizada na região oeste Pará, que abriga árvores gigantes com mais de 70 metros de altura.
Segundo a informação, é na Flota do Paru que está a maior árvores da América Latina e a quarta maior do mundo.
Trata-se de um angelim-vermelho (Dinizia excelsa) com 88,5 metros de altura, o equivalente ao dobro do tamanho do Cristo Redentor. A árvore tem 38 metros, com idade estimada entre 400 e 600 anos.
Ao mesmo tempo, próximas a ela, outras árvores gigantes com quase 80 metros de altura formam um santuário de biodiversidade revelado durante expedições científicas.
Leia mais
Ameaças
Assim, mesmo sendo uma das áreas mais ricas em biodiversidade do Brasil e apesar do difícil acesso, a Flota Paru enfrenta desafios como desmatamento e garimpo, o que põe sob ameaça as árvores gigantes.
Por exemplo, a Floresta Estadual do Paru foi a 9ª unidade de conservação da Amazônia Legal mais desmatada em maio de 2024.
Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
No acumulado de janeiro a maio deste ano, o Pará ficou em terceiro lugar no ranking de desmatamento. Além disso, o número de garimpeiros na área protegida aumentou 628 em 2009 para mais de 2 mil em 2023.
Dessa forma, entidades do terceiro setor e setor privado voltaram a se unir na campanha #ProtejaAsÁrvoresGigantes, que desde 2022 vem chamando a atenção para a região.
Isso como forma de colaborar para a diminuição às ameaças enfrentadas pelas árvores gigantes
O objetivo é apoiar a criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes, garantindo a proteção do angelim-vermelho e de todo o ecossistema ao seu redor.
A categoria parque, que faz parte das Unidades de Conservação de Proteção Integral, permite o uso indireto dos recursos, sendo o turismo de natureza uma das principais atividades econômicas. Elevar parte da Floresta Estadual do Paru à categoria parque dará maior proteção à região e ao angelim-vermelho, além de benefícios econômicos para as comunidades locais. Por isso, #EuApoioACriaçãoDoParqueEstadualDasArvoresGigantes, explicou Angela Kuczach, diretora executiva da Rede Pró UC e idealizadora do Um Dia No Parque.
Leia mais no g1 .
Fotos: divulgação/Havita Rigamonti