Amazônia: vigilância do Amazonas revela riqueza ambiental da BR-319
Expedição mapeia espécies e fortalece gestão comunitária em três unidades de conservação ao longo da rodovia.

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 25/08/2025 às 11:23 | Atualizado em: 25/08/2025 às 11:23
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), concluiu entre os dias 13 e 23 de agosto uma expedição de monitoramento da biodiversidade em três unidades de conservação localizadas na área da BR-319: reservas de desenvolvimento sustentável (RDS) Igapó-Açu, e Rio Amapá e Parque Estadual Matupiri, que sediou a base das atividades.
A ação reuniu cerca de 15 monitores ambientais, entre comunitários e técnicos, para registrar aves, mamíferos e borboletas, bioindicadores da qualidade ambiental.
Os dados coletados ajudam a avaliar a saúde dos ecossistemas e orientar a gestão participativa das áreas.
Segundo a gestora do Departamento de Mudanças Climáticas e Unidades de Conservação, Alex-Sandra Farias, o trabalho confirma a eficácia do manejo integrado e evidencia a riqueza de espécies preservadas.
“É gratificante chegar em áreas conservadas e ver a diversidade, desde bandos de macacos até borboletas raras”.
Os monitores utilizam o sistema Smart, ferramenta oficial do estado para coleta e análise de dados sobre fauna e flora, com apoio da WCS Brasil e do WWF Brasil.
O gestor da RDS Igapó-Açu e do Parque Matupiri, Cristiano Gonçalves, destacou que a segunda etapa de coletas capacitou 18 monitores e gerou relatórios sem falhas técnicas, consolidando o protocolo que será expandido para outras unidades.
Além do levantamento científico, a iniciativa reforça o vínculo das comunidades com a floresta e amplia a consciência ambiental.
“A reserva é o pulmão da gente. O ar que respiramos vem da natureza”, afirmou o monitor comunitário Caio Henrique, da comunidade Jatuarana.
Para o técnico em conservação Danilo Cerqueira, os resultados positivos indicam áreas bem conservadas e comunidades engajadas na proteção contra ameaças como desmatamento e queimadas.
“Esse trabalho é fundamental para avaliar se a biodiversidade está intacta ou ameaçada, e aqui vemos que está preservada”.

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Fotos: divulgação