Anuário da segurança: mortes violentas no Amazonas caem 17,4%

No ranking nacional, o Estado ocupa a 9º posição com a taxa de 27,4 mortes para cada 100 mil habitantes

Anuário da segurança: mortes violentas no Amazonas caem 17,4%

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 25/07/2025 às 07:53 | Atualizado em: 25/07/2025 às 07:53

O Amazonas registrou 1.173 mortes violentas intencionais em 2024, uma redução de 17,4% em comparação aos 1.406 registros de 2023. Os dados são 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta quinta-feira (24).

Desde a criação da série, o Brasil registrou o seu menor número de mortes violentas: 44.127. No Amazonas, o menor índice foi de 2013 com 985 mortes desse tipo.

No ranking nacional, o Estado ocupa a 9º posição com a taxa de 27,4 mortes para cada 100 mil habitantes.

Os estados mais violentos são Amapá (45,1), Bahia (40,6), Ceará (37,5) e Pernambuco (36,2).

A menor taxa foi verificada foi em São Paulo (8,2), seguido de Santa Catarina (8,5), Distrito Federal (8,9) e Rio Grande do Sul (15).

As regiões sul e sudeste se consolidam como aquelas que concentram as menores taxas de mortes violentas intencionais do país, ao passo que as regiões Nordeste (33,8 por 100 mil) e Norte (27,7 por 100 mil) permanecem como as mais violentas.

Por outro lado, o Amazonas lidera uma lista dos estados, de 2023 para 2024, que tiveram uma diminuição acentuada das mortes de policiais em confronto: Amazonas (-71,4%), Rio Grande do Norte (-66,7%), Paraíba (-50%), Paraná (-50%) e Goiás.

No caso do estado, foram sete policiais mortos em confronto em 2023 contra apenas dois em 2024.

Também é menor no Amazonas o número de mortes cometidas por policiais. Em 2023, foram 59 ocorrências em 2023 contra 43 em 2024, uma redução de 27,8%.

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Celular

O roubo e furto de celulares no Amazonas também registrou queda. Em 2023, foram 39.313 registros contra 35.607 em 2024, uma queda de 10,3%.

De acordo com o anuário, esse tipo de crime estimulou a inovação e uso de novas ferramentas tecnológica, por exemplo, softwares de rastreamento de celulares roubados/furtados usados em conjunto com bases de dados policiais.

Piauí e Amazonas são pioneiros nesse tipo de tecnologia que, ao lado do Programa Celular Seguro, do Ministério da Justiça, ajudou a combater os roubos.

Foto:  Victor Levy/SSP-AM