A Fundação Vitória Amazônica (FVA) está desenvolvendo um aplicativo para apoiar a gestão de atividades cotidianas de famílias que vivem no Mosaico do Baixo Rio Negro (MBRN) , no Amazonas.
A região fica dentro da reserva extrativista Unini e reúne os municípios de Manaus, Novo Airão, Iranduba, Barcelos e Manacapuru.
Logo, o ambiente virtual da FVA deverá subsidiar a gestão da economia doméstica das populações tradicionais que vivem no território.
Por outro lado, vai abastecer os usuários a partir das suas atividades de produção e subsistência.
O objetivo é criar um instrumento de apoio à gestão de atividades socioeconômicas, de uso de recursos naturais e de atividades turísticas na mosaico.
“Será um instrumento de gestão e registro de informações de atividades cotidianas, como pesca, extrativismo, agricultura, turismo e afins.
Dessa forma, poderemos ajudando a gestão da economia familiar e o fortalecimento de redes comunitárias de convivência”, destaca Fabiano Silva, secretário-executivo da FVA.
Projeto-piloto
Ademais, o desenvolvimento do aplicativo está em fase piloto cuja tecnologia corresponde à evolução do Sistema de Monitoramento de Uso de Recursos Naturais no Rio Unini (SiMUR).
O sistema foi criado em 2008 pela FVA, com implantação nas comunidades do rio Unini, município de Barcelos/AM.
Nessa fase inicial da nova tecnologia, realizaram-se dez oficinas nas comunidades do rio Unini para levantar lições e aprendizados do SiMUR e apontar aspectos importantes para a construção do aplicativo.
“Começamos o trabalho de construção do aplicativo, partindo dos erros e acertos nesse período de 13 anos de reflexões que fizemos em conjunto com os comunitários.
Assim, buscamos uma metodologia mais robusta que entregasse de forma mais rápida informações de interesse dessas comunidades”, explica Fabiano Silva.
Comunitários do Mosaico do Baixo Rio Negro são orientados pelos instrutores da Fundação Vitória Amazônica. Foto/divulgação
Ouvindo a comunidade
A equipe da FVA, responsável pela formulação do aplicativo, também já realizou reuniões técnicas com participação de jovens de comunidades, representantes de associações e cooperativas.
Assim como ouviu os moradores de outras unidades de conservação do Mosaico do Baixo Rio Negro, que trabalham com extrativismo, pesca, produção agrícola e turismo, entre outras atividades.
Para fazer os primeiros testes, um grupo de 30 comunitários recebeu celulares para participar do processo de construção da nova ferramenta.
“A ideia é que eles não sejam monitores, mas sim multiplicadores e que possam disseminar o uso do app no território”, destaca a consultora da FVA, Ingrid Fagundes”.
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On ou off
O projeto, que começou em 2021, agora se aproxima da etapa final com a apresentação de um protótipo clicável.
Embora o aplicativo esteja sem o layout definitivo, já traz botões e alguns elementos de uso, imaginando as operações e ações futuras.
“Agora que estamos com o conceito aprovado e, sabendo das diferentes realidades amazônicas, pretendemos apresentar a primeira versão do app.
Por fim, esperamos um produto que possibilite aos diferentes perfis de usuários experiências, estando eles on-line ou off-line” disse Daniel Tygel, da Cooperativa Eita, responsável pelo aplicativo.
Foto/divulgação FVA