App Sasi fez 92,4 mil atendimentos durante pandemia no Amazonas
Com nível de satisfação de excelência, usuários relatam que pessoas com sinais e sintomas do coronavírus podem receber acolhimento psicológico

Ferreira Gabriel
Publicado em: 19/06/2020 às 10:26 | Atualizado em: 19/06/2020 às 10:30
Em funcionamento desde 1º de abril, o aplicativo Sasi realizou 92.477 atendimentos de pessoas com sinais e sintomas de Covid-19.
Além disso, o Sasi teve, entre os usuários, nota de satisfação 4,8. Sobretudo em uma escala que vai até 5.
O atendimento na plataforma é feito por alunos. Assim como por professores voluntários da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em quatro modalidades. Portanto, são elas, Chatbot, Call center, acesso remoto e acolhimento psicológico.
“Nesses dois meses, nós tivemos 92.477 atendimentos. São 157 alunos das áreas de Enfermagem, Medicina e Odontologia, profissionais também da Enfermagem e Medicina, envolvendo médicos, enfermeiros, odontólogos. E temos também trabalhando no call center, 32 profissionais, sendo 16 farmacêuticos e 16 enfermeiros, que estão atendendo a população”, explica a coordenadora do Labtechs da UEA, professora Elielza Guerreiro Menezes.
De acordo com a coordenadora, os atendimentos pela plataforma ajudaram a desafogar unidades de saúde. A princípio, as orientações feitas pelo Sasi indicam unidades de saúde. Esta, de acordo com o público que busca informação.
Além do Amazonas, moradores de outros estados utilizam o aplicativo. “Quando fizemos o mapeamento de atendimento nas regiões do Brasil, vimos que recebemos solicitações de vários estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. São pessoas que têm familiares residentes em Manaus e entraram em contato com nosso serviço de chatbot para orientações de como proceder nos encaminhamentos a esses familiares”, afirma.
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Formação
Para os alunos da UEA, participar do atendimento pelo Sasi agrega na formação profissional. “Os alunos contribuem com as informações pertinentes à Covid-19. Eles sairão daqui com um novo olhar, um novo conhecimento e aprendizado, uma vivência única. O aluno que passou esses dois meses vivenciando a pandemia, dentro desse espaço, orientando a comunidade sai daqui enriquecido. São usuários do SUS que eles atenderão na prática após a formação e já estarão ambientados com as orientações devidas e necessárias”, conta a professora.
Acolhimento psicológico
Uma das frentes de atendimento do aplicativo é o acolhimento psicológico feito por 20 psicólogos. Sobretudo resultado de uma ação de rede entre a UEA, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Bem como a Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) e Conselho Regional de Psicologia da 20ª região.
“É importante que as pessoas saibam que, em algum lugar, há a possibilidade de serem escutadas dentro das suas ansiedades, angústias, tristezas e suas frustrações. Todos nós, de alguma maneira, sofremos perdas nesse momento da pandemia, seja de pessoas ou de projetos, então, é muito importante que elas saibam que, em um determinado lugar, existe alguém para acolher naquele momento. Foram encaminhadas 777 chamadas para nós nesse período. A pessoa entra no app do Sasi e lá tem uma opção ‘quero falar sobre as minhas emoções’. Quando ela entra ali, vai encontrar um caminho até a ligação para o psicólogo”, orienta a coordenadora de Acolhimento Psicológico no call center, professora Sônia Lemos.
Foto: Edson Aquino/Secom