Mesmo na pandemia, arrecadação do AM registra aumento de R$ 497 milhões
Deputado-economista Serafim Corrêa sugere estruturação da CGE e pagamentos em ordem cronológica

Israel Conte
Publicado em: 26/06/2020 às 16:50 | Atualizado em: 26/06/2020 às 16:53
A cinco dias do fim do primeiro semestre, o Governo do Amazonas já superou a arrecadação registrada em igual período de 2019.
Na comparação, a receita deste ano revela aumento de R$ 497 milhões.
Os números foram analisados nesta sexta-feira, dia 26, pelo deputado-economista Serafim Corrêa (PSB).
Conforme dados da Sefaz (Secretaria de Fazenda) apresentados pelo parlamentar, de janeiro a junho de 2019 a arrecadação foi R$ 8,78 bilhões.
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A saber, neste semestre, a receita subiu para R$ 9,27 bilhões. Isso representa um aumento de quase meio bilhão (R$ 497,08 milhões) ou 5,66%, apontou o deputado.
O resultado ocorre em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
“O estado tem uma situação privilegiada quando comparada com outros estados. De parabéns a Sefaz no que tange a arrecadação. O problema do Estado, enquanto instituição, está no lado da despesa, não está do lado da receita. Lá atrás, em abril, o governador fez uma declaração, tendo sido induzido ao erro por sua equipe, de que não teria como pagar o salário dos servidores, mas já naquela oportunidade mostrei que a arrecadação vinha crescendo”, avaliou Serafim.
A declaração foi dada durante sessão virtual na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) desta quinta-feira.
Controle
O líder do PSB na ALE-AM sugeriu que o governador Wilson Lima estruture a Controladoria Geral do Estado e passe também a realizar os pagamentos das empresas obedecendo a ordem cronológica.
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“(O governador precisa) criar mecanismos de controle, estruturar a Controladoria, que tem a sua frente o Dr. Otávio Gomes. O Estado é uma imensidão, ele precisa ter um quadro de auditores de carreira, que tenham amplos poderes para botar o dedo na ferida e dizer “isso aqui não pode ser pago, por esse caminho aqui não”. Isso vai preservar o governador”, sugeriu o deputado.
“A outra questão é respeitar a ordem cronológica dos pagamentos, que na hora que acontecer isso acaba o jeitinho brasileiro. Isso é algo que o Estado há 26 anos não cumpre e que precisa cumprir. Isso já deu problema para governadores anteriores e pode dar problema para o atual governador, que reiteradamente não cumpre isso”, avaliou Serafim.