Aviões de garimpeiros destruídos em operação federal na terra ianomâmi
Ação mirou logística do garimpo ilegal e inutilizou estruturas usadas para abastecimento e transporte na região.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 04/07/2025 às 16:13 | Atualizado em: 04/07/2025 às 16:14
Duas aeronaves usadas por garimpeiros ilegais foram destruídas durante operação do Governo Federal na terra indígena Yanomami, em Roraima. Uma delas foi interceptada em pleno voo pela Força Aérea Brasileira (FAB) e obrigou o piloto a fazer pouso forçado na mata. No avião, havia cassiterita extraída ilegalmente.
A Operação Asfixia, que as autoridades realizaram entre 9 e 29 de junho, teve como objetivo cortar o abastecimento das áreas de garimpo. As equipes desativaram duas pistas clandestinas, conhecidas como Mukuin e Noronha, e destruíram mais de 100 estruturas que criminosos usavam.
As forças de segurança concentraram as ações principalmente nas regiões do Rangel e do rio Uraricoera, onde montaram a base em uma antiga pista de garimpo. Além disso, a operação incluiu incursões terrestres, fluviais e aéreas, que totalizaram mais de 220 horas de voo.
Entre os materiais destruídos, destacam-se:
- – 14 acampamentos, 67 barracos e 12 cozinhas;
- – 6 geradores, 12 motores diversos e 9 placas solares;
- – 2 quadriciclos, 2 reboques e 1 embarcação;
- – 3 bombas d’água, 1 motosserra, 5 caixas de separação de minério;
- – 1.280 metros de fios, 1.500 metros de mangueiras e cordas;
- – 630 quilos de alimentos e 44 litros de bebidas alcoólicas.
O diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, informou que as forças de segurança cumpriram a missão da operação, porém “continua a pressão, impedir o retorno dos invasores e garantir a preservação do território.”
Por fim, novas fases já estão sendo planejadas, incluindo o uso de monitoramento tecnológico e o combate financeiro às atividades ilegais.
Saiba mais no Gov.br.
Leia mais
Avião E-99, da FAB, constata e destrói 94% do garimpo na terra ianomâmi
Foto: divulgação/Casa de Governo