Bancos dizem que vítimas dão senha a golpistas em 70% das fraudes

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 25/11/2019 às 18:31 | Atualizado em: 25/11/2019 às 18:31
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou, nesta segunda-feira (25), que cerca de 70% das fraudes aplicadas por golpistas partem dos próprios clientes, que cedem a senha.
A reportagem está na Folha e mostra os bilhões investidos em tecnologia anualmente pelos bancos para evitar fraudes, mas os golpistas estão cada vez mais ousados e sofisticados para driblar os donos das contas.
De acordo com a apuração do repórter Clayton Castelani, aproximadamente 70% das fraudes aplicadas contra clientes resultam do método conhecido como engenharia social, composto por técnicas de convencimento utilizadas por criminosos para induzir o consumidor a fornecer dados pessoais e senhas, segundo a Febraban.
Telefonemas de falsos funcionários de bancos, sites que imitam páginas oficiais de compras online, mensagens por aplicativos como o WhatsApp ou até mesmo pessoalmente, são algumas das investidas dos criminosos, segundo a reportagem.
Independentemente da forma de contato, os fraudadores dispõem de recursos para passar a sensação de confiança para convencer o consumidor a fornecer seus dados.
“Os fraudadores entram em contato com as pessoas usando de diversos artifícios que fazem com que as vítimas acreditem que estão falando com alguém do banco”, afirma Walter Faria (foto), diretor-adjunto de operações da Febraban.
De acordo com a reportagem da Folha, as medidas a serem adotadas pelo consumidor para não cair em truques de falsários podem ser resumidas em dois cuidados básicos: o primeiro é não fornecer dados quando a iniciativa do contato for tomada por um terceiro; o segundo é redobrar a atenção sempre que for digitar a senha do cartão bancário.
Foto: Reprodução/YouTube