O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu seleção pública para executar estudo técnico voltado à formação de profissionais em bioeconomia na Amazônia.
O estado do Amazonas optou pelas cadeias de pesca e aquicultura, especialmente o do pirarucu e tambaqui.
O objetivo da iniciativa do BNDES é apoiar os nove estados da Amazônia Legal na implementação de formação técnica profissional do ensino médio.
O projeto visa ainda a inclusão produtiva e empreendedorismo destes estudantes após o término escolar, aliados ao uso sustentável do ecossistema.
Quando o projeto for implementado, deve beneficiar cerca de 50 mil alunos da região que abrange os estados do Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins, Mato Grosso, bem como, Maranhão.
Dessa forma, o BNDES vai investir R$ 8 milhões na ação. A iniciativa faz parte da cooperação técnica celebrada com o Ministério da Educação.
O estudo buscará obter o diagnóstico das cadeias da bioeconomia na Amazônia Legal e das lacunas existentes na formação delas. Dele resultará também a apresentação de um plano de implementação dos cursos técnicos prioritários.
A intenção do BNDES é expandir o modelo e os conteúdos em outros temas e em outros locais do país.
Leia mais
Apoio financeiro
Antes mesmo da publicação do edital, os nove estados da Amazônia Legal já formalizaram interesse em participar do estudo técnico, assim como os institutos federais de oito desses estados.
A proposta selecionada deverá receber apoio financeiro – R$ 8 milhões no total – não reembolsável do BNDES por meio do Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP).
O apoio ao desenvolvimento do projeto abrange os seguintes itens:
recursos humanos;
administração;
aquisição ou desenvolvimento de software, plataformas digitais, bancos de dados e livros;
uso de serviços ou equipamentos especializados;
viagens e diárias;
organização de seminários;
publicação e divulgação dos resultados.
Produtos por estado
O estudo deverá contemplar quatro produtos para cada estado da Amazônia Legal. Acre, Amazonas, Amapá e Rondônia indicaram a cadeia da pesca e aquicultura. No caso amazonense, especificamente, do pirarucu e do tambaqui.
Mato Grosso indicou a cadeia do manejo madeireiro sustentável. A cadeia do turismo foi indicada por Pará e Roraima. Já Maranhão e Tocantins indicaram as atividades do setor de bioeconomia, tais como energias renováveis, administração e logística.
O BNDES vê a bioeconomia como uma oportunidade promissora de geração de novos negócios e movimentação de investimentos, com melhor aproveitamento das potencialidades econômicas locais.
Oportunidade de negócios
O BNDES vê a bioeconomia como uma oportunidade de geração de novos negócios e movimentação de investimentos na região Norte, com melhor aproveitamento das potencialidades econômicas locais.
“Para o desenvolvimento da bioeconomia, é necessário capacitar a estrutura de ensino local, tanto de gestores como educadores, de forma a criar cursos customizadas do novo Ensino Médio para suprir as necessidades de formação dos jovens. Com isso, ser-lhes-á permitindo empreender para o desenvolvimento das cadeias da bioeconomia, tais como piscicultura, turismo, gestão de madeira, fármacos e super alimentos”, afirmou o diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES, Bruno Aranha.
A íntegra do edital está disponível no link .
Foto: Divulgação