Boi Caprichoso ajuda indígenas na seca do Amazonas com alimentos

De acordo com a agremiação, outras ações serão realizadas para ajudar também os ribeirinhos.

Boi Caprichoso ajuda indígenas na seca do Amazonas com alimentos

Ednilson Maciel

Publicado em: 05/10/2023 às 18:11 | Atualizado em: 05/10/2023 às 18:11

A agremiação boi Caprichoso, de Parintins, divulgou hoje (5) a realização de uma ação humanitária em prol de indígenas também atingidos pela seca dos rios do Amazonas.

Dessa firma, cerca de 100 cestas básicas de alimentos foram entregues a populações das etnias piratapuia, tikuna, sateré-mawé, tukano, baré e mura.

Conforme a associação, a ação foi uma iniciativa de Ira Maraguá, Kim Sateré-Mawé e Thaís Kokama, que no boi encarnam o item Tuxauas, e da cantora Indígena Ira Tikuna.

Além dos tuxauas, a doação de alimentos foi feita por membros da diretoria. Assim como e conselho de artes do Caprichoso ao presidente da Associação dos Kapi das Lideranças Tradicionais, Josias Sateré.

Já faz algum tempo que o boi Caprichoso tem nos ajudado em momentos tão difíceis. Primeiro na pandemia, e agora na seca. Isso é uma ajuda de muito valor já que no tempo da seca as aldeias ficam isoladas e o boi Caprichoso tem esse compromisso social com os povos indígenas, disse Josias.

Ira Maraguá afirmou que o Touro Negro é um bumbá que vai muito além do discurso na arena do bumbódromo.

A seca atrapalha o nosso dia a dia, nos deixa sem água, sem alimentos e o boi Caprichoso não olha apenas por uma comunidade ou um povo, ele olha por todos e a gente tendo esse apoio, nos sentimos muito felizes.

Conforme a assessoria de comunicação do Caprichoso, os alimentos foram para 15 famílias piratapuias, 20 tikunas, 15 tukanos, 30 barés e muras e 15 saterés.

De acordo com a agremiação, outras ações serão feitas para ajudar também os ribeirinhos.

O Caprichoso se preocupa porque as lutas e os levantes indígenas a gente trabalha muito na poesia Caprichoso, na arte do boi Caprichoso na arena do bumbódromo e, por conta disso, a gente se sente na obrigação também de fazer pelos povos indígenas de maneira real e viva, disse o presidente do conselho de arte, Ericky Nakanome.

Ele participou da entrega ao lado do vice-presidente Diego Mascarenhas e outros dirigentes.

O Caprichoso sempre se destacou por ser um boi de causas sociais. Nossa arte no festival de Parintins é um reflexo artístico da nossa realidade amazônica, todas as realidades, e não podemos nos negar a atuar em todas elas. Temos que cuidar do nosso povo, disse o presidente do boi, Rossy Amoedo.

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Fotos: Pedro Coelho/divulgação