Bolsonaro bloqueia R$ 3 bilhões do MEC e prejudica Ufam
A medida gera redução de R$ 15 milhões no orçamento da universidade

Ferreira Gabriel
Publicado em: 30/05/2022 às 15:29 | Atualizado em: 30/05/2022 às 16:17
O orçamento da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) deverá ter redução de R$15 milhões neste ano após o bloqueio de 14,5% das verbas direcionadas às universidades e institutos federais, anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), na sexta-feira (27).
Em nota, a Ufam informou que o reitor Sylvio Puga e a vice-reitora Therezinha Fraxe se reunirão com integrantes da pasta, nesta segunda-feira (29), para tentar reverter a decisão.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) classificou a medida como “incompromissível e injustificável”.
O governo diz que o contingenciamento no MEC é necessário para cumprir o teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas.
Ao todo, R$ 14 bilhões devem ser bloqueados em todos os ministérios para garantir um reajuste de 5% aos servidores públicos federais em ano eleitoral.
No documento enviado às universidades, o MEC diz que sofreu um bloqueio de R$ 3,23 bilhões, equivalente a 14,5% de toda a verba de uso discricionário para este ano.
O “orçamento discricionário” se refere aos valores que cada universidade pode definir como aplicar, excluindo despesas obrigatórias como salários e aposentadorias de professores.
Funcionamento comprometido, diz Andifes
Em comunicado, a Andifes afirmou que a medida é “incompreensível e injustificável”, e que o corte vai atingir recursos para assistência estudantil, inviabilizando, a permanência dos estudantes socioeconomicamente vulneráveis e o próprio funcionamento das instituições federais de ensino.
‘”Após todo o protagonismo e êxitos que as universidades públicas demonstraram no combate e controle direto da pandemia de Covid-19; após o orçamento deste ano de 2022 já ter sido aprovado em valores muito aquém do que era necessário, inclusive abaixo dos valores orçamentários de 2020; após tudo isso, o governo federal ainda impinge um corte de mais de 14,5% sobre nossos orçamentos”, afirma a nota.
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Foto: Divulgação/Ufam