Bruna Brelaz será primeira amazonense e negra a presidir UNE

A estudante de direito terá o papel de comandar as manifestações da Une em todo o país contra o presidente Jair Bolsonaro

Bruna Brelaz UNE

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 12/07/2021 às 18:55 | Atualizado em: 14/07/2021 às 11:07

A próxima presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) será a estudante amazonense de direito Bruna Brelaz. Ela é Integrante da União da Juventude Socialista (UJS).

Em suma, a aclamação deve ocorrer no congresso extraordinário da entidade que começa na próxima quarta-feira (14).

Brelaz terá o papel de comandar as manifestações em todo o país contra o presidente Jair Bolsonaro. Ele é considerado pela UNE como o maior “inimigo da educação, do Brasil e da democracia.”

Por conta da pandemia, a organização máxima dos estudantes fará um encontro virtual para cumprir o estatuto.

Como a tiragem de delegados não foi possível devido as aulas online nas universidades, o critério de escolha da nova direção será pela manutenção da proporção entre as chapas que disputaram o último Congresso.

Bruna é candidata do movimento majoritário Contra Atacar- É tudo pra ontem. O nome dela e dos demais diretores da entidade serão confirmados no domingo (18) quando o acordo de proporção das chapas for aprovado na reunião da direção plena da UNE.

“Que honra em ser indicada pela UJS Brasil para ser a candidata à presidência da UNE pelo maior movimento rumo ao Congresso da entidade: Contra-Atacar”, comemorou a estudante na rede social.

“A menina que sonhava em ser cunhãporanga do boi bumbá Caprichoso saiu do Amazonas para lutar pelo seu país e hoje é estudante de Direito da FADISP. Se eleita para presidência da UNE será a primeira presidenta nortista dessa entidade, além de ser a primeira mulher negra eleita”, destacou a UJS na rede social.

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Perfil

A UJS divulgou um perfil da amazonense. Ela é manauara, filha de trabalhadores autônomos, negra e oriunda da escola pública.

Iniciou sua trajetória no movimento estudantil secundarista em 2011, quando participou das manifestações pela redução da passagem de ônibus. Na ocasião, ela ingressou no grêmio do Instituto de Educação do Amazonas.

Em 2013 ingressou na Universidade Estadual do Amazonas (UEA), no curso de pedagogia através das cotas. Além disso, foi eleita diretora do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e presidente da União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM).

Em 2017 passou a integrar a executiva da UNE, na diretoria de Relações Institucionais e representou os interesses dos estudantes em Brasília.

Foto: Reprodução do Twitter